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Saúde e Bem Estar Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2021, 19:30 - A | A

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DIVERSAS RECOMENDAÇÕES

Vacinação de crianças terá início após treinamento dos agentes de saúde

Cátia Alves

Editora-adjunta

Crianças com idade entre 5 e 11 anos poderão se vacinar contra a covid-19 no Brasil. A autorização foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quinta-feira (16). O novo grupo de contemplados será imunizado com a vacina da Pfizer, que também mostrou um desempenho satisfatório para proteção contra a variante Delta do coronavírus.

Durante o anúncio, a Anvisa apresentou algumas recomendações e condições que devem ser observadas pelas autoridades de saúde para a imunização das crianças. De acordo com a agência, a atenção deve ser redobrada, uma vez que tanto a dose como a formulação da vacina a ser aplicada serão diferentes das aplicadas em jovens e adultos.

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Começando pelo frasco da vacina que será diferente para ajudar na identificação na hora de vacinar. Para isso, a agência informou que os frascos destinados para imunizar as crianças serão da cor laranja. Para adultos, o frasco é roxo. A vacina será ministrada será em duas doses de 10 microgramas, com três semanas de intervalo. O volume aplicado é de 0,2ml em uma seringa de 1ml.

Na semana passada, após anúncio do governo do Estado sobre a nova determinação para aplicação da dose de reforço com intervalo de 4 meses, Várzea Grande informou que aguardava a decisão do governo federal para também vacinar crianças de 5 a 11 anos.

Segundo o secretário Municipal de Saúde Gonçalo de Barros, foi solicitado junto ao Ministério da Saúde a liberação para vacinar as crianças. "Acreditamos que esta parcela da população também deve ser vacinada, ainda mais com a nova variante se espalhando pelo mundo todo", afirmou.

Na época, Gonçalo disse acreditar que a decisão seria tomada ainda no início do próximo ano. Com o anuncio da Anvisa nesta quinta, a vacinação deve ser iniciada após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação, uma vez que a grande maioria dos eventos adversos pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado a faixas etárias erradas, de doses inadequadas e da preparação errônea do produto.

O médico infectologista Luciano Corrêa explica que crianças e adolescentes têm probabilidade baixa de evoluir para um quadro grave da doença, como pneumonia, mas podem infectar pais e avós que tenham o sistema imunológico fragilizado e, estes sim, podem ficar em um estado grave e parar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou até mesmo morrer.

“Por isso tem que levar para se vacinar sim. Um dos mecanismos de se evitar a disseminação da doença no ambiente escolar, por exemplo, é que a maioria dos alunos e professores estejam vacinados. Não existe isso de não vacinar. Se a gente ficar negando a vacina nunca iremos conseguir controlar a doença”, concluiu.

Ambiente separado

Outra recomendação da Anvisa é de que a vacinação dos pequenos seja feita em "ambiente específico e segregado da vacinação de adultos". Segundo a agência, o ambiente deve ser acolhedor e seguro. A sala deve ser exclusiva para aplicação dessa vacina, não sendo aproveitada para aplicação de outras, ainda que pediátricas.

Caso não haja essa possibilidade, a Anvisa recomenda que sejam adotados todos os cuidados visando uma administração segura. Ainda é indicado que as crianças permaneçam no local por pelo menos 20 minutos depois da aplicação, de forma a serem observadas por esse período.

No caso de comunidades isoladas, como aldeias indígenas, a Anvisa recomenda que, sempre que possível, a vacinação das crianças seja feita em dias separados, não coincidentes com os dias de aplicação em adultos.

A modalidade de vacinação drive-thru deve ser evitada.

Efeitos

A Anvisa informou que os agentes de saúde devem informar aos pais ou responsáveis que os sintomas e reações esperadas após a imunização podem ser de dor, inchaço ou vermelhidão local, febre, fadiga, dor de cabeça ou linfadenopatia (gânglios) na axila do braço que recebeu a vacina.

“Pais ou responsáveis devem procurar um médico caso a criança apresente dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a aplicação da vacina”, afirmou Meiruze Souza Freitas, diretora da Anvisa e relatora do processo de liberação do medicamento.
Segundo Meiruze, a vacina não deve ser administrada de forma concomitante com outras vacinas do calendário infantil. “Por precaução é recomendado intervalo de 15 dias”, disse a diretora.

CoronaVac

Um novo pedido do Instituto Butantan foi enviado à Anvisa, pedindo autorização para aplicação da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes com idades entre 3 e 17 anos. Este é o segundo pedido do laboratório. O primeiro foi apresentado em julho, mas foi negado após avaliação da Anvisa que alegou ‘limitação de dados dos estudos apresentados’. A agência pediu um prazo de até 30 dias para avaliar a nova solicitação.

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