O anúncio de Meghan Markle nesta quarta-feira (25) sobre um aborto espontâneo sofrido em julho lembra a importância de falarmos sobre esse assunto. A Duquesa de Sussex conta em um artigo no jornal The New York Times intitulado The Losses We Share ("As perdas que compartilhamos", em tradução livre) que havia acabado de trocar a fralda de seu primeiro filho, Archie, quando sentiu uma dor forte e caiu no chão.
Gestações interrompidas de forma natural são comuns em até 15% das mulheres. Mas os fatores genéticos e ambientais por trás disso ainda não são totalmente conhecidos pela ciência. Na verdade, até dois terços das origens de abortos não são reconhecidas ou diagnosticadas.
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É o que aponta um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Tartu, na Estônia, publicado também nesta quarta-feira na revista Nature Communications. Após analisar informações genéticas de 420 mil mulheres de todo o mundo, a pesquisa revela que o aborto espontâneo pode ser impulsionado por variações genéticas associadas à biologia placentária.
Além disso, o estudo confirma fatores de risco apontados em estudos anteriores e identifica outros, como asma, depressão e síndrome do intestino irritável. Triin Laisk, principal autora do artigo, diz que outras investigações, sobre os genes de pais e fetos, deve ser realizada para entender melhor as causas dessas interrupções. "No futuro, poderemos saber mais sobre a biologia por trás de uma gravidez bem-sucedida e sobre o impacto a longo prazo do aborto espontâneo na saúde geral", diz Laisk, em nota.
Em seu artigo no New York Times, Markle compartilha o sentimento após o ocorrido. "Perder um filho nos deixa em constante luto, muitas de nós passamos por isso, mas poucas conseguem falar sobre".