A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, defendeu, na noite desta quarta-feira (8 de outubro), a adoção da pena de morte para autores de feminicídio no Brasil. Segundo ela, cabe ao Congresso Nacional e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discutir e criar punições mais severas com o objetivo de reduzir os assassinatos de mulheres no país.
“No Brasil é muito complicado [implantar pena de morte], isso não acontece. Infelizmente, não há leis severas. Tem que ser com os deputados federais, com os senadores. Tem que exigir isso do presidente Lula, porque são mulheres que estão morrendo. O presidente tem que olhar para isso. Afinal de contas, ele governa para o Brasil”, afirmou.
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Virginia acrescentou que a mudança na legislação precisa partir do governo federal.
“Ele não governa para um município ou para outro município, ou para um estado ou para outro estado. Ele governa para o Brasil. Então, eu acho que o presidente tem que analisar isso, verificar isso e mudar as leis. Só ele pode fazer com que isso mude”, reforçou.
De acordo com dados oficiais, Mato Grosso lidera o ranking nacional de feminicídios. Somente neste ano, 40 mulheres foram assassinadas no estado.
A primeira-dama destacou que a culpa pelo avanço da violência contra a mulher não está nos governos estaduais ou municipais, mas sim na falta de punições exemplares. Para ela, medidas preventivas são importantes, mas não suficientes diante da natureza dos crimes.
“A gente sabe que isso não é culpa do governo, isso está no Brasil inteiro. Infelizmente, são homens que não têm amor ao próximo, e para matar uma mulher eu entendo que ele não tem amor nem a ele mesmo. Às vezes, a mulher está em um bar com as amigas e o cara chega lá tornozelado, com a mulher tendo botão do pânico, e ela não conseguiu fazer nada. O agressor pode estar na porta da sua casa, na esquina. Ele tem artimanhas. Pode colocar uma polícia para cada mulher, que não conseguimos fazer com que isso não aconteça”, lamentou.
Virginia Mendes é uma das vozes mais ativas no estado em ações voltadas à proteção da mulher e fortalecimento das políticas sociais, por meio do programa Ser Família Mulher, idealizado por ela e executado em parceria com o Governo de Mato Grosso.
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