O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que a própria Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) foi quem identificou sobrepreços na aquisição de maquinários agrícolas com recursos de emendas particulares. O assunto ganhou as manchetes nacionais na última semana após reportagem do site UOL.
No entanto, as irregularidades eram investigadas desde meados do ano passado. A Polícia Civil, inclusive, realizou uma operação em setembro do ano passado para apurar as denúncias. Conforme a investigação, cerca de 14 deputados foram citados na investigação, como possíveis autores das emendas parlamentares.
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“Foi identificado o sobrepreço pela Seaf e foi encaminhado para a Controladoria-Geral do Estado, a CGE abriu o procedimento e, identificado algum tipo de dolo, encaminha para outros canais para verificar posteriormente quem cometeu esse dolo”, explicou o gestor, em entrevista na noite desta segunda-feira (24).
Entenda o caso
A Polícia Civil identificou um esquema criminoso que pode ter gerado prejuízos de até R$ 28 milhões aos cofres públicos por meio do desvio de recursos de emendas parlamentares. A Operação Suserano foi deflagrada em setembro de 2024 e aponta o envolvimento de 14 deputados e 2 ex-deputados estaduais, entre os envolvidos está Eduardo Botelho (União), Gilberto Cattani (PL), Júlio Campos (União), Juca do Guaraná (MDB) e outros.
O dinheiro teria sido desviado por meio da compra de kits agrícolas. A notícia foi publicada pela Uol na manhã do último dia 16 de junho.
Eles são citados como suspeitos nos esquemas após um sócio oculto, Alessandro do Nascimento, ser o beneficiado com as 14 emendas parlamentares. Ele é sócio em diversas empresas que receberam as emendas dos deputados da Assembleia Legislativa (ALMT). Após essas descobertas, a delegada Juliana Rado encaminhou o inquérito à Polícia Federal.
Os parlamentares foram os autores de emendas que resultaram em 24 termos de fomento assinados pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) com o Instituto de Natureza e Turismo - Pronatur para fornecer kits agrícolas comprados com sobrepreço de R$ 10,2 milhões, segundo a investigação.
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