O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, afirmou que o histórico de má gestão do Consórcio de Saúde do Vale do Rio Cuiabá pode ter sido um dos principais fatores que levaram o prefeito Abilio Brunini (PL) a deixar o grupo. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 30 de junho, Gilberto disse que não tem poder para interferir na decisão de Abílio, mas que torce por um acordo, pois o volume de compras da capital contribui com municípios vizinhos.
“É uma decisão exclusiva do Município, o Governo do Estado não interfere nisso, nem no Consórcio da Baixada Cuiabana nem nos demais consórcios de Mato Grosso. São decisões colegiadas dos municípios, se adere ou não e de que forma isso procede [...] Eu torço para que haja um entendimento, para que esse consórcio seja fortalecido com a união de todos os municípios da Baixada Cuiabana", afirmou.
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"A capital deixou o Consórcio de Saúde em junho deste ano por decisão do prefeito, que apontou falta de transparência e ausência de vantagens concretas na realização de compra conjunta pelo consórcio", complementou.
Segundo Abilio, há indícios de superfaturamento e má gestão nas compras efetuadas pelo Consórcio da Baixada Cuiabana.
Na avaliação de Gilberto, esse pode ser o fator principal que levou o prefeito a deixar o grupo. Ele relatou aos jornalistas que o Consórcio da Baixada Cuiabana "nunca foi muito ativo" e o comparou com outros municípios do interior, onde os consórcios funcionam de forma melhor.
"Eu vejo com tristeza, porque o Consórcio da Baixada Cuiabana ele nunca foi um consórcio muito ativo. Nós temos no estado de Mato Grosso consórcios que prestam grandes serviços, são muito especializados, ao ponto que já estamos firmando parceria com o Consórcio do Teles Pires para administrar o nosso hospital lá de Sinop. Então, é triste que, sendo a capital, um potencial grande para turbinar as performances dos consórcios, aqui a capital está deixando, mas, logicamente, isso tem muito a ver com um histórico de má gestão dentro desse consórcio", comentou.
Abílio já havia afirmado que preza pela gestão direta dos recursos municipais, pois acredita que desta forma irá garantir maior controle e eficácia nos investimentos e autonomia na aplicação dos recursos.
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