Após o Ministério Públicodo Estado (MP-MT) apontar falta de medicamentos da Saúde de Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini (PL) revelou que as empresas distribuidoras de medicamentos fazem chantagem para receber pagamentos deixados pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Abilio disse nesta terça-feira, 17 de junho, que novas remessas de medicamentos foram comprados, mas não foram entregues.
“Os medicamentos que estão em falta a gente já comprou. O que está acontecendo é que as indústrias e as empresas não estão entregando. Muitas delas estão chantageando para que a gente pague dividas do passado e entregar produtos novos”, disse o prefeito.
O relatório técnico de vistoria realizada no último 28 de maio revelou que 25% dos medicamentos padronizados pela Remume estavam em falta no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
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O prefeito disse que as mesmas empresas que cobram dividas participaram de novas licitações.
“Elas participaram de novas licitações inclusive do novo pregão. Foi feito um pregão novo, registrou as empresas, já foram dadas as ordens de serviços para essas empresas, só que elas ficam tentando negociar recebimento de valores de 2024, 2023, da gestão passada e a gente ainda não consegue equilibrar recursos para nova compra e pagamento de dívidas passadas da gestão anterior”, declarou Abilio.
O promotor de Justiça Milton Mattos reforçou ainda que, caso não sejam adotadas providências em um curto período, serão adotadas as medidas judiciais cabíveis para assegurar o direito da população ao acesso pleno e contínuo a medicamentos essenciais.
“Mas isso não significa que esses produtos não foram comprados, eles foram comprados, eles ainda não foram entregues”, disse.