O presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Meio de Mato Grosso (Sinpaig/MT), Antônio Wagner, defendeu o afastamento do secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio Bezerra, durante as investigações sobre fraudes na concessão de empréstimos consignados. Para Wagner, é uma incoerência Basílio integrar a força-tarefa que apura as possíveis irregularidades.
“Ninguém tá falando nada contra o secretário, só que é uma pasta que vai ser investigada. São inserções de dados em sistemas, que quem tem o controle da gestão do sistema de informação do Estado é o secretário Basílio. Então, se eu vou investigar a Pasta, eu não posso ter o investigado junto de uma força-tarefa. Isso é completamente incoerente”, disse.
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Recentemente, diversos sindicatos denunciaram irregularidades em consignados de servidores. Conforme as denúncias, as empresas que concedem os empréstimos estariam depositando o valor menor do que o contratado e cobrando o valor cheio, além de não fornecer uma via do contrato para os servidores, dentre outras irregularidades.
Em entrevista nesta quarta-feira (28.05), Antônio Wagner lembrou até 2020, a quantidade de bancos era limitada. Após isso, foi ampliado o número de empresas pelo secretário Basílio, que teria autonomia para inserção de novas instituições financeiras. “Virou uma feira pública de banquinhos, onde o produto na prateleira é o bolso vazio dos servidores”, disse Wagner.
O sindicalista também criticou o limite de até 60% da renda líquida dos servidores para consignados, o que ele considerou “criminoso”. Wagner disse também que o escritório que trabalha na causa, AFG & Taques, cujo sócio é o ex-governador Pedro Taques, pretende entrar com um pedido na Justiça pelo afastamento de Basílio.
“Nós entraremos com a medida judicial, pedindo uma série de situações. Acredito que o escritório AFG & Taques deva fazer isso, inclusive pedindo o afastamento”, disse.
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