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Política Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 16:19 - A | A

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Russi critica extinção da Metamat, mas reconhece ineficiência da estatal

Maiara Max

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O deputado estadual Max Russi (PSB) declarou discordar com a extinção da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) e defendeu que uma alternativa seria investir em políticas públicas e no fortalecimento da autarquia. Atual primeiro-secretário e presidente eleito da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado afirmou já ter procurado o governador Mauro Mendes (União Brasil) para falar sobre o assunto. Max conversou com jornalistas na manhça desta quarta-feira, 4 de dezembro.

Ao defender a estatal, Russi pontuou que o setor de mineração gera emprego e renda, principalmente em municípios do interior, naqueles em que o agronegócio não é tão forte como nos grandes municípios produtores.

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Apesar da defesa, o primeiro-secretário da ALMT reconheceu a ineficiência da autarquia. “Talvez a forma que a Metamat estava sendo usada, ou gerida, ou trabalhada, realmente não posso discordar do governo, a Metamat não pode ser um órgão somente para furar poço artesiano e nem isso tava atendendo as expectativas [...] Não vou dizer que errou, porque realmente precisava ter uma arrumação pessoal. Acho que o governo precisa ver com alguma política pública com algum setor ou com algo, fortalecendo e mostrando o que realmente significa a mineração para o estado e para o desenvolvimento do nosso Estado”.

Anúncio da Extinção

O Governo do Estado anunciou a extinção da Metamat no mês passado. A autarquia já estava correndo esse risco desde 2019, quando o Governo fez a primeira menção a extinguir estatais que julgava não serem lucrativas ao Estado. Pesou para a decisão a necessidade de cortar gastos públicos.

Segundo o secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Basílio Bezerra, o Governo do Estado irá economizar R$ 47,5 milhões anualmente. Com a extinção da estatal, a autarquia passará a ser incorporada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), por uma secretaria-adjunta própria para esta finalidade.

Em contrapartida, em evento da Expominério, Levi Saliés Filho, gerente regional da Agência Nacional de Mineração (ANM), afirmou um forte crescimento no setor mineral em Mato Grosso, destacando que em 2023, o estado produziu R$ 6,9 bilhões em minérios, com destaque para ouro, calcário, água mineral e zinco. O estado ocupa a 6ª posição entre os maiores produtores de minérios no Brasil e o setor representa mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual.

A Metamat também afirmou que nos últimos dez anos, o valor da produção mineral saltou de R$ 500 milhões para R$ 7 bilhões. Ouro e calcário são responsáveis por 80% da produção minerária do estado.

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