A desembargadora Maria Helena Póvoas, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, disse que fica ‘estarrecida’ com as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação às urnas eletrônicas e aos ataques aos ministros Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (3), em entrevista à Rádio Capital.
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Ela ainda citou que “parte da sociedade está enfeitiçada”.
“Fico às vezes, como cidadã, estarrecida de ver determinadas posições de um mandatário maior da nação, sinceramente. A gente vê que parece que uma parcela da sociedade está enfeitiçada de tal forma que não consegue enxergar isso. Não posso admitir que o mandatário maior da nação venha discutir hoje a legitimidade da urna eletrônica”, disse.
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A presidente do TJ ainda criticou Bolsonaro por não ter feito essas críticas ao longo dos seus 26 anos como deputado federal, eleito por meio da urna eletrônica, ou logo após ter sido eleito presidente da República. “Eu passei pelo Tribunal Eleitoral e posso lhes garantir que não há menor possibilidade de fraude na urna eletrônica”, completou Maria Helena.
Ela ainda afirma que pode surgir um novo embate entre Bolsonaro e o Poder Judiciário e defende que o judiciário “não abaixe a cabeça” para o presidente. Ela defende que haja uma aproximação do Judiciário e a sociedade a cada vez que ocorra um ataque do presidente ao sistema da justiça brasileira.
“Digo isso aos meus colegas e ao Tribunal a que pertenço, nós temos obrigação de estabelecer uma ponte com a sociedade e isso só será feito se você conversar com a sociedade. Na medida em que você é atacado e se cala, você consente aquilo. Então, cada vez que ele desferir um ataque sou favorável de que o judiciário deve uma explicação à sociedade”, afirmou.