O presidente do PSDB em Mato Grosso, deputado estadual Carlos Avallone, disse que as tratativas sobre a possibilidade de o partido formar uma federação com o MDB, Cidadania e Podemos estão avançadas. Os debates sobre o “casamento” estão sendo tratadas pelas cúpulas nacionais das agremiações e possibilitaria que o grupo tivesse uma bancada grande no Congresso Nacional, garantido a autonomia de cada um.
Avallone avaliou a alternativa como positiva, principalmente para o PSDB, que, segundo ele, perdeu as forças nos últimos anos. Ele comentou que a junção pode fortalecer os partidos e garantir a presidência de algum poder do Congresso Nacional.
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“Eu sempre fui contra qualquer mudança de nome do PSDB, mas hoje tem que ser um pouco mais realista. Nós diminuímos muito, nós erramos muito, nós perdemos o rumo, se não fosse essas três vitórias que nós tivemos seria muito ruim para o PSDB e, portanto, eu acho que é o caminho sim. Nós ficaríamos com uma bancada, a maior bancada no Senado da República e poderíamos estar reivindicando, inclusive, a presidência do Senado”, destacou em entrevista à imprensa na quinta-feira, 03 de novembro.
O sistema de federação começou a ser adotado na eleição deste ano. Três partidos de esquerda – PT, PCdoB e PV formaram a Federação Brasil da Esperança. Além disso, o Psol e Rede, o PSDB e Cidadania também se uniram com a possibilidade de conseguir mais força nas eleições proporcionais deste ano, principalmente para deputado federal.
“É uma movimentação bastante interessante, eu tenho conversado com o presidente Bruno Araújo [presidente nacional do PSDB], está se conversando mesmo, está bem avançada a conversa e ela vai em cima de pontos mantendo os partidos estadualizados, pois não mexeria nas nossas estruturas aqui, mas a gente sabe que a diminuição do tamanho do PSDB, quando houver, nós vamos ter um problema financeiro, de Fundo Partidário, problemas de recursos para tocar o partido”, pontuou.
O tucano ainda destacou que a federação e a fusão entre os partidos são realidade que deve ser rotineira nos próximos meses, principalmente por causa da cláusula de barreira.
“Só 10 partidos ou federações conseguiram a cláusula de barreira, então nós vamos começar a diminuir o número de partidos que é muito bom para democracia, isso vai fazer com que essas federações se multipliquem. Já estão falando em União Brasil com o PP, já estão se falando em outros partidos menores, como Patriota e PTB. Eu acho que no final das contas vamos conseguir chegar a uma quantidade de partidos que permita uma governabilidade melhor para quem assumir a presidência da República que possa ter uma parte política mais aceitável no país”, disse.