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Política Quinta-feira, 08 de Dezembro de 2022, 18:35 - A | A

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ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS

Prefeito vê extremismo em decisão que o afastou por apoiar Golpe de Estado

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Tapurah, Carlos Capeletti (PSD), disse que ficou perplexo com a agilidade da decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou seu afastamento do cargo por 60 dias por incentivar a realização de atos antidemocráticos.

Em entrevista à Jovem Pan, o prefeito falou que ficou sabendo da decisão pelas redes sociais e comentou que ainda não teve acesso ao processo e lamentou não ter sido procurado para ser ouvido. Ele considerou a ação como extremista.

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Capeletti comentou que vai aguardar ser notificado para apresentar defesa.

“Fiquei perplexo em virtude dessa decisão tão rápida, não fui ouvido, não tive acesso ao que está acontecendo e que tipo de acusação que estão fazendo contra mim e já houve essa decisão do ministro, estou vendo um extremismo total, numa decisão não só comigo, com tudo que está acontecendo nesse país”, disse.

No despacho, Moraes destacou um trecho de uma manifestação atribuída ao prefeito, na qual ele incentiva a ida de caminhões para Brasília para realizar protestos contra o resultado do segundo turno da eleição presidencial.

“Se até o dia 15 de novembro o Exército não tomar alguma atitude em prol da nação brasileira e da nossa liberdade, nós vamos tomar atitude. Tenho certeza que, aos milhões lá, alguém vai ter uma ideia. Vamos tomar o Congresso, o STF (Supremo Tribunal Federal), até o Planalto. Se até lá o Exército não tomar uma atitude, vamos nós fazer uma nova Proclamação da República”, frisou o ministro na decisão, reproduzindo a fala do prefeito.

Capeletti declarou apoio aos movimentos realizados em frente aos quartéis e destacou que não tem sido o incentivador dos atos, mas afirma que esteve em Brasília no mês passado, onde esteve acampado por 10 dias cobrando respostas sobre possível fraude no processo eleitoral.

“Espero que alguma coisa possa acontecer para mudar essa figura, essa imagem negativa que está tendo para todos os brasileiros patriotas que estão querendo se manifestar, é um direito, então fui nessas manifestações em Brasília, fui só no dia 11, não fui no início, fiquei lá 10, 11 dias acompanhei um grupo da minha cidade, que é grupo que está montado até hoje desde o primeiro dia”, relatou.

“Acho que mais pessoas deveriam ir também para poder chegar a um veredito, alguma coisa, se houve fraude ou não houve, alguma coisa tem que acontecer, nós precisamos de respostas é o que o povo brasileiro quer”, ressaltou.

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