O prefeito Abilio Brunini (PL) criticou militantes da causa animal e afirmou que parte deles precisa de apoio psicológico. Segundo ele, o município deve atuar em duas frentes: cuidar da saúde dos animais e da saúde mental de alguns ativistas, além de defender a criação de um espaço de acolhimento específico para isso. Abilio disse que parte dos protetores não ajuda, mas sim acumula cães e gatos em condições precárias, cometendo os mesmos maus-tratos que tanto condenam. As declarações foram feitas após o protesto de defensores da causa animal em frente à Prefeitura na última quinta-feira (5), onde ONGs e protetores independentes o pressionaram por políticas públicas mais efetivas, como a criação de um hospital veterinário municipal.
“Eu acredito que nós vamos ter que trabalhar em duas pautas. Uma, os cuidados com a saúde animal. Outra, os cuidados com a saúde psicológica dos militantes. Eu penso que a gente vai ter que criar um espaço de acolhimento para saúde mental da boa parte dos militantes envolvidos nesse processo”, disse Brunini.
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Abilio afirmou que tentou dialogar com os manifestantes em frente à prefeitura, mas não conseguiu ser ouvido. “Virou um monólogo. Eles falaram e não me deixaram sequer dar uma opinião sobre o assunto”, relatou.
Ele citou casos de pessoas que mantêm 80 a 150 animais em casa, sem condições adequadas de higiene ou alimentação, o que, segundo ele, representa um risco tanto aos bichos quanto à saúde pública.
“Essas pessoas falam: ‘Eu tenho 80 cachorros lá e eles estão com fome e precisam de ração’. Essa pessoa que acumulou 80 cachorros dentro da sua casa deixando esses animais com fome, ela está sendo amiga dos animais ou ela está sendo uma acumuladora com problemas psicológicos que está deixando os animais passar fome dentro daquela residência. Isso tem que ver [...] será que esses a maioria desses lugares onde os protetores acolhem essas pessoas, elas passariam numa vistoria da Vigilância Sanitária?”, questionou.
Apesar das críticas, o prefeito afirmou que o município tem atuado na causa animal. Segundo ele, já foram destinados R$ 4 milhões em repasses ao Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio de convênios entre 2023 e 2025. Além disso, empresas terceirizadas estão sendo contratadas para resgate, tratamento e acolhimento emergencial de animais.
No entanto, Abilio voltou a direcionar críticas a lideranças do movimento de proteção animal, que, segundo ele, perderam as últimas eleições e estariam usando a pauta com fins políticos. “A maioria dos líderes que estavam envolvidos nesse processo hoje foram candidatos a vereadores [...] esse ato foi em defesa da pauta de militantes ideológicos que queriam se promover, provavelmente, pensando nas eleições do ano que vem ou na próxima, tentando fazer um crescimento político”, afirmou.
Para o prefeito, o movimento “não foi em defesa dos animais, foi em defesa de uma pauta ideológica”. Apesar da polêmica, Abilio reforçou que o município continuará com ações voltadas ao bem-estar animal, mas voltou a insistir na necessidade de oferecer apoio psicológico aos ativistas. “Agora, esses seres humanos, a gente vai precisar dar uma assistência psicológica para eles”, finalizou.
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