O secretário de Estado de Educação, Alan Porto, criticou a condução do Ministério da Educação durante o período de pandemia. Em entrevista realizada nesta quinta-feira (5) à Rádio Capital, Porto afirmou que faltou orientação para ajudar os Estados a responderem aos impactos da pandemia sobre o ensino público.
Porto lembrou que, sem a orientação do Ministério, os governos estaduais precisaram pesquisar e tomar decisões por conta própria, cada um do seu jeito. Até o momento, apenas 11 Estados já retomaram as atividades presenciais ou têm alguma previsão. Os demais seguem sem uma definição sobre a volta das atividades ainda em 2020.
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“A gente fica muito triste. O mínimo que a gente esperava era um alinhamento do governo federal, que o ministro da Educação ou o Ministério passem essas orientações. Hoje já tem os protocolos que foram publicados pelo Ministério, mas a gente esperava algo no sentido de uma política estruturante neste momento que a gente tá passando para os Estados caminharem junto e todo mundo falar a mesma língua”, disse.
Em Mato Grosso, a decisão sobre a volta às aulas presenciais tem ficado a cargo dos prefeitos. Na rede pública estadual, as aulas presenciais estão suspensas desde março. A previsão é que as atividades sejam retomadas em fevereiro de 2021.
Até o momento, apenas alguns segmentos do ensino particular - como creches, ensino superior e profissionalizante - foram liberados. As decisões foram tomadas com o objetivo de facilitar a retomada econômica: criando uma alternativa para que os pais tenham com quem deixar seus filhos enquanto trabalham e para que os desempregados consigam se reposicionar no mercado.
No Brasil, cada Estado segue um protocolo diferente para a retomada. Em alguns lugares, como no Rio de Janeiro, o foco é preparar os estudantes que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O estado em que a reabertura das escolas aconteceu há mais tempo é o Amazonas, onde a rede privada de ensino foi liberada ainda no mês de julho. Alunos do ensino médio da rede pública estadual só voltaram às salas de aula em agosto.