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Política Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2021, 12:41 - A | A

Segunda-feira, 13 de Dezembro de 2021, 12h:41 - A | A

AÇÃO ANTI-NEGACIONISTA

Mendes defende passaporte da vacina: "se não vai por bem, vai por mal”

Governador lembrou que 80% das pessoas internadas atualmente optaram por não se vacinar

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

Inconformado com os ‘teimosos’ que ainda resistem a tomar a vacina contra a covid-19, o governador Mauro Mendes (DEM) disse ser favorável a uma forma de controle, como o ‘passaporte da vacina’. Nesta segunda-feira (13), o governador se disse favorável à medida para controlar a proliferação do vírus e estimular a vacinação. Apesar do posicionamento favorável do governador,  o Estado de Mato Grosso ainda não tem uma norma determinando a exigência do passaporte vacinal.

Em conversa com jornalistas, Mendes lembrou que 80% das pessoas internadas para tratar de covid-19 atualmente são pessoas que não quiseram se vacinar. Mato Grosso tem visto a taxa de vacinação cair nas últimas semanas e estacionou nos 57% de cobertura vacinal. É crescente o número de pessoas que deixou de tomar a segunda dose ou sequer apareceu para tomar a primeira, apesar de haver vacinas disponíveis.

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“É natural que a gente crie alguns obstáculos, porque se não vai por bem, vai por mal. Para que as pessoas possam cair a ficha delas e largar dessas besteiras que botaram na cabeça, de que a vacina traz alguma consequência”, disse Mendes, durante a inauguração do novo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), no Ministério Público Estadual (MPMT).

Mauro lembrou que a vacinação tem avançado no mundo inteiro, assim como no Brasil, com poucas ou quase nenhuma notícia de efeito colateral. Levantamento realizado pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) aponta que a chance de efeitos colaterais da vacina é de apenas 0,24%, contra 2,8% de letalidade da covid-19. Ou seja: é 11 vezes mais provável morrer de covid-19 do que sofrer algum efeito colateral.

“Sou a favor sim, porque acredito que as pessoas que não se vacinam, além de causar um mal a si próprio, elas causal mal para sociedade. Depois elas pegam essa doença, vão pra UTI, para os hospitais e quem paga essa conta somos todos nós, a sociedade. Se existe uma forma de evitar que isso aconteça, as pessoas têm que vir para esse caminho. Se elas não querem, querem se sujeitar ao risco, a sociedade pode estabelecer algum tipo de restrição para esse grupo de pessoas”, defendeu Mauro.

Em Mato Grosso, o prefeito de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), José Carlos do Pátio (SD), foi o primeiro a exigir o passaporte para a entrada em determinados estabelecimentos. A decisão de Pátio gerou polêmica e foi alvo de críticas, mas surtiu efeitos positivos. A procura pela vacinação na cidade cresceu rapidamente nas semanas seguintes e Rondonópolis já tem mais de 70% da população vacinada com as duas doses.

Seguindo o exemplo de Pátio, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), também implantou a exigência do comprovante de vacina no dia 1º de dezembro. O passaporte é exigido em estádios, ginásios esportivos, cinemas, teatros, museus, salões de jogo, casas de shows e apresentações artísticas em geral.

“O intuito da exigência do passaporte é diminuir o risco de contágio. Quem está apenas com a primeira dose ainda não está com o esquema completo. Portanto, precisa aguardar a segunda dose para frequentar os locais que exijam o cartão de vacinação, ou devem apresentar um exame PCR negativo feito há no máximo 48h", explicou o prefeito.

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