Dollar R$ 5,60 Euro R$ 6,20
Dollar R$ 5,60 Euro R$ 6,20

Política Terça-feira, 11 de Outubro de 2022, 16:02 - A | A

Terça-feira, 11 de Outubro de 2022, 16h:02 - A | A

"COLEGAS DE PARTIDO"

Maysa toma posse e diz que Câmara "fez certo" ao cassar o mandato de Paccola

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

A influenciadora digital Maysa Leão (Republicanos) tomou posse nesta terça-feira, 11 de outubro, como vereadora por Cuiabá. Ela assume a cadeira que ficou vaga com a cassação do Tenente Coronel Paccola (Republicanos), por quebra de decoro parlamentar devido à morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.

Apesar de serem ‘colegas de partido’, Maysa disse que a Câmara fez certo ao afastar Paccola e defendeu que o Legislativo passe, a partir de agora, a olhar pelo coletivo.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

"Acho que a Casa fez certo em afastá-lo, para que a gente possa olhar o coletivo e deixar que isso individualmente seja julgado pela Justiça. O Paccola não foi aqui condenado por homicídio, ele foi aqui cassado politicamente", disse a vereadora, em entrevista à imprensa.

Maysa ainda destacou que os parlamentares fizeram "aquilo que a população esperava" e comentou que Paccola tem o direito de recorrer contra a decisão do plenário na Justiça, o que ele já fez. Ela classificou o caso como um "drama" que acometeu tanto a família do servidor como a do Paccola.

"A gente precisa olhar para o coletivo e parar de debater esse assunto, que é um assunto individual", defendeu.

"É um drama que acomete as duas famílias. Acomete a família do Alexandre. Eu, como mãe, não poderia me furtar de dizer que sinto muito pela mãe do Alexandre, pela perda, e a família do Paccola, que também sente o que está passando", comentou.

Paccola foi cassado na última semana, por 13 votos a cinco, durante uma sessão extraordinária. Ele respondeu ao processo de quebra de decoro parlamentar pelo assassinato do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.

Logo após, ele recorreu à Justiça para anular o procedimento e voltar ao cargo. Um dos principais pontos da defesa, feita pelo advogado Rodrigo Terra Cyrineu, é que a vereadora Edna Sampaio (PT) não poderia ter votado, já que ela é autora da representação que culminou na cassação do parlamentar. Edna foi quem deu o ‘voto de misericórdia’, pois sem seu voto não haveria maioria.

Além disso, o advogado defende que a cassação deveria ter ocorrido em, no máximo, 90 dias. O processo deveria ter sido analisado pela Comissão de Ética em até 60 dias e em 90 dias pelo plenário da Casa. O jurista cita que o início da tramitação aconteceu no dia 5 de julho deste ano, o que resultou em 92 dias.

search