O governador Mauro Mendes (União) voltou a defender o confisco de terras de proprietários que cometerem desmatamento ilegal. A defesa foi feita em entrevista ao canal UOL News, no YouTube, na tarde desta quinta-feira (17). Na entrevista, Mauro lembrou que o Código Florestal brasileiro é uma das legislações mais duras do mundo, mas que não está sendo obedecida.
Mauro também enfatizou que apenas 1% dos produtores rurais cometem crimes ambientais, mas eles acabam prejudicando os 99% restantes, que podem sofrer restrições na hora de comercializar sua produção com outros países, especialmente os europeus.
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"Essa minoria ainda insiste em praticar esse crime do desmatamento ilegal. Esse crime vem sendo combatido ano a ano, num esforço muito grande. Isso está causando um dano muito grande à imagem do Brasil, do agronegócio brasileiro, um dano ambiental e um dano que está prejudicando muito nosso país. Os esforços para combater esse crime estão sendo feitos e os resultados não estão sendo bons", disse.
Mauro ainda afirmou que Mato Grosso investiu R$ 180 milhões para combater os crimes ambientais e tem conseguido resultados, mas ainda não são suficientes. Ele citou que mesmo com R$ 9 bilhões em multas aplicadas, algumas pessoas ainda insistem em continuar desmatando ilegalmente, o que mostra que a aplicação de multas não é suficiente para coibir a prática ilegal.
Ainda segundo o governador, a possibilidade de confisco de propriedades já é prevista na Constituição Federal, em casos de produção de drogas nas propriedades rurais.
"Temos que mudar a nossa metodologia, usar uma nova técnica para combater esse velho problema. Senão, o que vai acontecer? Já está acontecendo. A Europa, Estados Unidos, eles já estão colocando sanções a produtos brasileiros. Então, menos de 1% que pratica esse crime vai prejudicar 99% das pessoas", afirmou.
Mauro também disse que só poderá perder a terra quem tiver consciente do problema e, mesmo assim, cometer o crime. O governador ainda ressaltou que o projeto, apesar de assustar parte da população, precisa ser debatido na Câmara e no Senado.