O governador Mauro Mendes (União) revelou que 8.700 estudantes migraram da rede particular de ensino para as escolas públicas em 2025. Em conversa com jornalistas nesta segunda-feira, 5 de maio, ele afirmou que essa mudança se deve à melhora na educação pública, excluindo o aumento do custo de vida e das mensalidades dos colégios particulares. A declaração foi feita durante a entrega do Complexo Educacional que une os CEIs 03 Mário de Castro e 04 Malik Didier, no bairro Pedra 90, em Cuiabá.
"Estrutura como essa aqui, talvez, poucas escolas privadas no estado Mato Grosso tenham essa infraestrutura, com essas tecnologias e tudo aquilo que estamos adotando em boa parte das nossas escolas. É um desafio grande. Temos mais de 600 unidades que, grande parte, já estão recuperadas ou reformadas, mas temos desafios a serem seguidos nos próximos anos e ter uma das melhores infraestrutura públicas educacionais do Brasil", comentou.
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Confiante de que a migração de estudantes e deve à melhora na qualidade da educação, Mauro afirmou que não existe crise nem queda de renda em Mato Grosso.
"Aonde você está vendo esta crise em Mato Grosso? Tem desemprego em Mato Grosso ou queda de renda?", disse.
"Quem falou que o [custo de vida está mais alto?], a gente sente que não é um dado estatístico, a gente tem que falar coisas com dados estatísticos, as convicções pessoais tem que ser pautadas em dados e números”, afirmou.
Contrariando a fala do governador, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou em março que houve aumento médio de 7% na mensalidade das escolas particulares do Brasil este ano. Os dados constam no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. Já um estudo realizado pela consultoria Rico apontou que as mensalidades subiram cerca de 43% entre 2020 e 2025.
Aos jornalistas, Mauro ressaltou que Mato Grosso tem a menor taxa de desemprego do Brasil e que não existe nenhuma evidência de crise financeira. Ele ainda enfatizou que a melhora da educação é o principal motivo para a migração dos estudantes da rede particular para a rede pública.
“Sempre houveram migrações, mas este ano foi atípico, foi muito acima da curva do que acontecia historicamente. Se tivesse uma crise financeira no Brasil ou taxa de desemprego, mas temos a menor taxa, talvez a menor do Brasil. Então, não existe nenhuma tendência científica captada de que existe uma crise. Isso só pode ser reflexo [do bom investimento], só andar nas escolas particulares na nossa capital, vocês vão ver se encontram algo parecido, uma ou outra vai ser igual ou melhor, mas a maioria não tem a estrutura que o Governo do Estado entrega. Este ano estamos licitando mais 30 unidades iguais a esta. Então, existe um processo de avanço forte nos resultados que estão sendo entregues para a população", concluiu.
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