O governador Mauro Mendes (União), que apoiou Jair Bolsonaro (PL), disse que pretende manter uma relação institucional com o presidente eleito Lula (PT). Em entrevista à Jovem Pan, Mauro destacou que pretende dialogar com a próxima gestão e que respeita, “democraticamente", o resultado das urnas.
"Quem quer o bem do Brasil não pode querer o mal daqueles que foram eleitos, porque torcer para o insucesso do presidente Lula seria torcer contra o Brasil, torcer para que nós percamos esse jogo que vai trazer graves consequências para milhares e milhares, ou para maioria dos brasileiros", disse.
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Apesar disso, ele ressaltou que o estado construiu uma condição fiscal que possibilita caminhar com as próprias pernas, sem depender de uma relação ou de verbas que eventualmente possam ser liberadas pela União.
Ao comentar sobre o assunto, ele voltou a lembrar que quando assumiu o comando do Palácio Paiaguás, em 2019, encontrou um Estado com o financeiro desiquilibrado e, com adoção de ajustes fiscais, conseguiu deixar dar um alívio ao caixa.
“Nós fechamos os dois anos consecutivos investindo em torno de 15% da nossa receita corrente líquida. Vamos, no ano que vem, está garantido em orçamento, novamente investir nesta casa, o que é algo muito diferente no Brasil. Então, nosso estado construiu com suas próprias capacidades, com suas próprias receitas, as condições de cumprir o seu papel perante ao cidadão”, ressaltou.
“Claro que o relacionamento com o governo federal é importante, porém, nós não somos mais um Estado depende de uma relação ou de verbas que eventualmente possam ou não ser liberadas por parte da União. Por isso, que eu acredito que nós vamos continuar aqui neste canto do Brasil mantendo um ritmo acelerado de investimento, crescendo nosso PIB”, enfatizou.
Mauro destacou que é necessário a abertura de diálogo com a próxima gestão federal para que haja uma cooperação entre as esferas de poder e salientou que a principal demanda que pretende debater com a equipe de Lula será a infraestrutura do estado.
“Somos um estado muito grande, um estado com grande capacidade de produzir, somos o maior produtor. Estamos ampliando as nossas fronteiras de produção, fazendo isso respeitando, o governo daqui do meu estado pratica isso, o respeito ao Código Florestal brasileiro e às leis ambientais, mas essa capacidade de produzir demanda mais infraestrutura”, disse.
Mauro comentou ainda que pretende discutir sobre questões ambientais, especialmente quanto à burocracia para liberação de grandes empreendimentos.
“Ninguém aguenta a burocracia ambiental que nós temos no país para fazer as coisas acontecerem, não só na área do agronegócio, mas quem empreende no Brasil é realmente uma via sacra enfrentar a enorme burocracia que ainda insiste e persiste em continuar nas diversas áreas, principalmente na área ambiental”, afirmou.