Pré-candidata a prefeita de Várzea Grande, a advogada Flávia Moretti (PL) afirmou que o deputado estadual Júlio Campos (União) foi "infeliz" ao propor a privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE), nem que fosse "de graça". Para Moretti, o DAE tem patrimônio e precisa de um plano de privatização.
Na semana passada, Júlio Campos, que é aliado do atual prefeito Kalil Baracat (MDB), propôs que a Prefeitura e a Câmara de Vereadores aprovem a privatização do DAE, garantindo investimentos na ordem de R$ 1 bilhão. Durante o discurso, Campos defendeu que um grupo "forte" assuma a distribuição de água "nem que fosse de graça".
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Nesta quinta-feira, 23 de maio, Flávia participou do programa Roda de Entrevista e rebateu a declaração do adversário político.
“Ele foi infeliz nessa fala, porque o DAE tem patrimônio, tem áreas. Tem a ETA, que é de R$ 25 milhões”, disse.
Já o vereador Bruno Rios (PL) propôs que a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores aproveite o primeiro turno das eleições municipais para fazer um plebiscito, perguntando se a população é favorável à privatização do DAE.
Flávia Moretti discordou da proposta do colega de partido e afirmou que a "água" é usada de forma eleitoreira há décadas no município. A pré-candidata também defendeu que seja aberta a "caixa-preta" do DAE antes de elaborar um plano de privatização.
"Fiquei sabendo desse assunto pelo Bruno. Discordo do plebiscito conjunto com as eleições, porque acho que água já é matéria eleitoreira em Várzea Grande há décadas. Ainda virar matéria para na data da eleição decidir. A privatização não se decide somente com um plebiscito. A privatização se decide com você abrindo a caixa-preta do DAE, analisando os prós e contras, fazendo audiências públicas, apresentando um plano de como será feita a privatização. Então, não é somente a população no plebiscito", finalizou.
