A proposta de instalar aparelhos de ar-condicionado nas celas dos detentos que trabalham, estudam e que têm bom comportamento foi bem recebida pelo senador Jayme Campos (União Brasil). Para ele, a medida pode contribuir para a ressocialização dos detentos e estimular outros presos a adotarem bom comportamento. O comentário foi feito nesta tarde de quinta-feira, 25 de abril.
“Tem preso diferenciado, vamos ser honestos aqui. Tem preso que é bandido, ladrão, é latrocida. [...]Acho que é uma coisa que possa, com certeza, incentivar, através disso, incentivar outros presos para que possam vir também no mesmo caminho”, opinou.
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Para reforçar sua opinião acerca do ar-condicionado, o senador exemplificou que este é um complemento a outras medidas de ressocialização, como a possibilidade de detentos trabalharem.
Atualmente, os reeducandos podem prestar serviços a Estados, Municípios e até mesmo empresas, por meio da Fundação Nova Chance. Ao serem contratados, eles permanecem sob a custódia do Estado, mesmo alguns deles tendo a liberdade de trabalhar extramuros.
“Acho que já foi um bom começo quando se permite hoje que o preso seja contratado pelas Prefeituras, pelo Estado, para trabalhar e ganhar alguma coisa. Eu acho muito bom, sabe por quê? Ele custa um salário mínimo, não pesa no índice da folha de pagamento, e ele trabalha como fosse qualquer outro trabalhador”, citou também o senador.
Jayme não é o único a apoiar a medida. Responsável por acompanhar os assuntos relacionados ao sistema prisional dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desembargador Orlando Perry classificou a ideia como brilhante.
O magistrado é entusiasta da pauta e, constantemente, defende medidas que possam contribuir para a ressocialização dos presos.
A disponibilização de maior conforto pode gerar um debate acalorado em Mato Grosso. Se por um lado possam existir reclamações de “vida boa” para criminosos, por outro há a necessidade de transformar o sistema penitenciário para reduzir a pecha de “escola de bandido”, cuja imagem é que a pessoa sai pior do que entrou.