O governador Mauro Mendes (DEM) sinalizou a intenção de rever o projeto de lei que limita o público da Arena Pantanal a 35% da capacidade máxima, com o objetivo de ampliar o número de torcedores. A informação foi revelada nesta segunda-feira (5), mesmo dia em que o governo acabou com todas as medidas restritivas contra a covid-19 em Mato Grosso - exceto o uso de máscaras, que continuam obrigatórias.
Segundo o governador, a situação atual da pandemia apresenta uma trégua significativa e permite o retorno à normalidade, desde que com o uso de máscaras para reduzir os riscos de contágio. Por isso, Mauro pretende sugerir ao presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB) e ao deputado Eduardo Botelho (DEM), autores da lei, que elaborem uma nova proposta. Por se tratar de lei, o governador não pode alterar por conta própria, como os decretos.
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“Eu acho que a gente tem que revisitar esse tema. Vou propor ao presidente Max e ao Botelho para que possam revisitar esse tema e olhar dentro de uma lógica atual. Quando eles fizeram isso, três meses atrás, nós tínhamos uma outra realidade”, disse.
Para reforçar seu argumento, Mauro afirmou que o número de hospitalizações por covid-19 tem caído constantemente nas últimas semanas, o que levou o governo a desativar quase metade dos leitos que haviam sido criados no auge da crise, por falta de demanda.
“Hoje nós já reduzimos praticamente 50% das UTIs. Nós tínhamos 605 UTIs, hoje temos em torno de 300 e mesmo assim temos 30% de ocupação. Vem gradativamente reduzindo, com responsabilidade para não ter alguma surpresa, mas estamos reduzindo”, disse.
“Então, nós temos um momento diferente, que graças a Deus é muito menor, e dá pra ir tomando o rumo da vida normal em tudo. [...] Vamos continuar de máscara e ter vida normal, seja no estádio ou no trabalho. A vida precisa continuar e ela está continuando”, completou.
PEDRAS NO CAMINHO
No entanto, a volta da torcida à Arena Pantanal no último sábado (2) foi marcada pelo descumprimento dessa norma básica - o uso de máscara. Nas arquibancadas, era visível que grande parte do público retirou a proteção facial para torcer.
Também não há garantia de que o aumento da capacidade resultará em maior venda de ingressos. Na partida de sábado, apenas 2.426 pessoas foram à Arena, sendo que a lei permitia a venda de até 14 mil ingressos. O Cuiabá Esporte Clube avalia que a exigência de apresentação de um teste RT-PCR negativo afastou o público, já que o valor do exame varia de R$ 150 a R$ 400 nos laboratórios.
Por isso, a diretoria do clube já pediu à Assembleia Legislativa que libere também o teste de antígeno como comprovante, pois o método é mais barato e rápido que o RT-PCR.