As obras de contenção no trecho conhecido como Portão do Inferno, na MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, enfrentam entraves ambientais que forçaram o Governo de Mato Grosso a reavaliar o projeto original. Segundo o secretário de Infraestrutura, Marcelo Padeiro, ainda não houve mudança efetiva na obra, mas sim um impasse técnico após a fase de sondagem. Padeiro conversou com a imprensa nesta manhã de sexta-feira, 18 de julho.
“Eu não vi mudança ainda. A gente tem que ter um pouquinho de calma. Nós não tivemos mudança ainda. Nós fizemos os estudos preliminares, licitamos a obra. Fizemos tudo aquilo que estava no nosso alcance aprovado pelo Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], pelo Ibama e pelo ICMBio”, afirmou o gestor.
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O secretário explicou que desde o início da obra no Portão do Inferno houve muitas restrições impostas pelo licenciamento ambiental, como a proibição do uso de concreto, de materiais importados e de vegetação não nativa. Essas limitações dificultaram a aplicação de técnicas mais eficazes, como a execução da manta de concreto no retaludamento — técnica de escavação e contenção das encostas — inicialmente planejada, segundo ele.
Ele destacou que, apesar dos entraves, o governo realizou tudo que estava ao seu alcance: retirou blocos soltos, instalou proteção dinâmica mecânica e restringiu o tráfego de caminhões e ônibus, o que evitou desabamentos. "O que a gente pode fazer, a gente fez [...] a gente fez o caminho de serviço, aí que nós começamos a fazer todos os estudos definitivos para a gente começar a obra e encontramos problema. Problemas que, infelizmente, a gente não tinha ainda como ter essas respostas no início [...] agora nós estamos procurando uma solução e se Deus quiser, dentro de mais ou menos uns 15, 20 dias, a gente deve estar com a solução pronta para que a gente possa dar continuidade”, explicou.
As soluções inicialmente pensadas não atendem mais às exigências dos órgãos ambientais, o que exige uma nova abordagem para a continuidade da obra.
Questionado se a nova alternativa seria a construção de um túnel, o secretário desconversou: “Não sei ainda. Não posso dizer para você.”
O Portão do Inferno é um dos pontos mais críticos da rodovia, com histórico de deslizamentos e risco iminente de desabamento. Desde 2023, o trânsito no local tem sido constantemente interrompido por conta das más condições do solo e das encostas.
A expectativa é de que, nas próximas semanas, o Governo apresente um novo plano técnico que atenda às exigências ambientais.
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