Os vereadores da Câmara Municipal de Sinop pediram urgência na solução de um imbróglio jurídico que impede a expansão do Cemitério Municipal da cidade. A cobrança foi feita durante a última sessão da Casa, na sexta-feira (17). Há mais de cinco anos, o cemitério municipal de Sinop enfrenta problemas com a falta de espaços para sepultamentos. A situação é considerada dramática a ponto de ser preciso “desenterrar um morto para enterrar outro”, conforme citou um dos parlamentares.
Implantado em 1974, o Cemitério Municipal de Sinop possui uma área denominada R-06/A, a com 256.326,18 m². Desde o início da fundação de Sinop essa extensão pertence ao cemitério da cidade.Porém, em 2012, o local passou a ser alvo de uma briga judicial após tentativa de venda irregular pela gestão da época.
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O Ministério Público Estadual entrou no caso e conseguiu barrar a venda do espaço, que, na época era ofertado abaixo do valor de mercado. O prejuízo estimado era de R$ 50 mil, de acordo com as cotações daquele período. O caso foi relembrado durante a sessão legislativa municipal.
A recomendação de anulação do edital de venda da área, feita pelo MPE, foi acatada pela justiça e desde então o espaço está indisponível para uso. A indefinição faz com que tanto os compradores quanto o município fiquem impedidos de usar o local.
Reprodução | Google Maps
“O Prefeito Roberto Dorner precisa sentar com o Ministério Público, chama-los para conversar. Já estão enterrando gente em locais que dificultam até mesmo andar lá dentro do cemitério. Está ficando uma vergonha para nossa cidade. Esse imbróglio jurídico que está acontecendo, trava o crescimento da cidade”, declarou o vereador Dilmair Callegaro (PSDB).
A fala foi complementada pelo vereador Ademir Debortoli (Republicanos) ao dizer que já “passou da hora de resolver essa situação do cemitério municipal. Vamos iniciar o ano cobrando essa situação da justiça, do jurídico do município para que se resolva essa situação”.
Na tribuna, o parlamentar Moises Tavares (PL) declarou que "estão desenterrando um morto para enterrar outro. Estão tirando a ossada de um ente querido que é parente de alguém, para enterrar outro, porque não tem mais lugar”.
Outra solução, sugerida pelos vereadores seria a abertura de concessões para construção de cemitérios privados.
