O deputado federal Juarez Costa (MDB) defende que seu partido não faça parte da equipe do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele espera que a cúpula nacional defina pela independência em relação ao próximo governo, postura que pretende adotar na Câmara Federal.
Durante o segundo turno da disputa presidencial, o MDB optou pela neutralidade. No entanto, a candidata da sigla à presidência, Simone Tebet, decidiu subir no palanque de Lula e fez duras críticas a Bolsonaro. Agora, Tebet é um dos principais nomes que circulam nos bastidores para ocupar um cargo no primeiro escalão do petista.
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Em Mato Grosso, os emedebistas se dividiram. A deputada estadual Janaina Riva declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), assim como fez Juarez Costa. Já o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, o Emanuelzinho, foi uma das lideranças que esteve à frente da campanha de Lula.
“Eu já falei que sou contrário à participação no governo. Prefiro o partido independente, votando as pautas do interesse do Brasil e votando contra aquilo que a gente achar que é necessário votar contra. Então, preferimos a independência, mas vai ser marcada uma reunião pelo presidente do partido, Baleia [Rossi], para ouvir todos os deputados e a maioria vai definir. Na democracia é assim, a maioria ganha e a minoria respeita. Vamos aguardar essa reunião com o presidente do partido”, disse Juarez, em entrevista à Rádio Conti.
BANCADA
Recém-eleito coordenador da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional, Juarez disse que a distribuição de vagas no próximo governo não é um tema que é debatido entre os parlamentares.
O deputado afirmou que o assunto tem sido tratado apenas entre o senador Carlos Fávaro (PSD) e o deputado federal cassado Neri Geller (PP), que estiveram à frente da campanha de Lula em Mato Grosso.
O emedebista ressaltou que, diferente de Fávaro e Geller, esteve apoiando Bolsonaro e, por isso, a questão de cargos não será tratada entre a bancada e nem com seu partido.
“A questão de cargos nós não discutimos e nem levaremos essa discussão para a reunião de bancada, porque isso é um assunto do senador Fávaro e do próprio Neri, que estiveram com o governo Lula e que debateram esse assunto”, concluiu.