A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa ouviu na manhã desta quinta-feira (7) o presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Luis Alberto Nespolo, que deu detalhes sobre a operação ‘Tudo às Claras’. Ele revelou que a investigação constatou irregularidades nos serviços prestados pela empresa a milhares de mato-grossenses.
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), relator da CPI, disse que ficou satisfeito com as informações apresentadas durante a oitiva de Luis e de outros depoentes. Segundo ele, as informações vão ajudar a avançar nas investigações contra a empresa.
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“Eles já informaram, e eu fiz as contas ali, que 1% dos padrões tem erro contra o consumidor. Se você for fazer essa conta, dá 15 mil medidores. Não é pouco, são números altos. Tem muita informação ali que vai mostrar a amplitude desse trabalho”, disse o deputado.
Avallone lembrou que a CPI conta com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPMT), do Procon, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), da Delegacia do Consumidor (Decon) e Ager.
Segundo ele, o trabalho técnico desenvolvido pela CPI já demonstra erros e defeitos da Energisa, que precisam ser corrigidos de forma urgente.
“A Ager fiscaliza isso e pode gerar uma série de desdobramentos. O nosso relatório vai mostrar tudo isso. Vai se ampliar”, acrescentou o deputado.
O relator também falou que a comissão busca elucidar o problema das contas de luz altas, que sempre foi uma incógnita. O deputado pretende propor no parlamento leis que obriguem a Energisa a informar os consumidores sobre os materiais utilizados na rede, se de baixa ou péssima qualidade.
Carlos Avallone detalha que isso vai fazer com que os consumidores menos favorecidos financeiramente sejam alertados para não pagarem energia mais cara
“O dono de uma casa mais simples não tem esse conhecimento. As vezes ele vai gastar 20%, 30% a mais de energia porque ele está usando material ruim, enquanto poderia estar usando um material melhor. Nós vamos ajudar o consumidor e acho isso importante. Podemos trabalhar isso e discutir uma legislação para ajudar nisso”, pontuou.
Também prestaram depoimento nesta quinta o secretário-adjunto de Direito do Consumidor, Edmundo Taques; o presidente do Ipen, Bento Bezerra; o presidente da Ager, Luis Alberto e o delegado Rogério Ferreira.