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Política Quinta-feira, 28 de Outubro de 2021, 14:00 - A | A

Quinta-feira, 28 de Outubro de 2021, 14h:00 - A | A

LAVAGEM DE DINHEIRO

Cervejaria pode ter sido adquirida com dinheiro desviado da covid

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

O delegado de Polícia Federal, Charles Motta, que responde pela área especializada de combate à corrupção, revelou em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (28) que a Cervejaria Cuyabana pode ter sido comprada com recursos financeiros enviados pelo governo federal para o combate à covid-19.

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Nas investigações, a Polícia Federal identificou que o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, é sócio do empresário Paulo Roberto de Souza Jamur, que mora em Curitiba (PR), e que a dupla tinha um esquema de desvio de recursos públicos em duas vertentes, sendo a primeira chamada de quarteirização e a segunda por meio de transferências suspeitas para empresas privadas.

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Uma dessas empresas, a cervejaria Cuyabana localizada em Várzea Grande, teria sido adquirida com dinheiro desviado.

“Essa é uma das hipóteses, que o dinheiro empregado na aquisição da cervejaria pode ter sido objeto de desvio de recursos públicos, não necessariamente do município de Cuiabá, mas outros e são esses elementos que tudo indica”, declarou o delegado.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2019 e 2021, a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá recebeu mais de R$ 100 milhões para utilização no combate à pandemia e parte desse dinheiro foi desviado e os envolvidos utilizava a cervejaria para fazer a lavagem de dinheiro.

“Há duas vertentes [para o desvio de recursos], de quarteirização do município de Cuiabá, através da Secretaria Municipal de Saúde Pública e Empresa Cuiabana de Saúde, que contratam empresas para realizarem serviços, e as terceirizadas contratam outras empresas e isso foi um dos mecanismos para desvio de recursos, além de transferências suspeitas para empresas de turismo, empresas de consultorias que devem ser investigadas, mas também com um potencial de desvio de recursos que deveriam ser empregadas na saúde pública”, argumentou Charles.

O delegado esclareceu que o desvio de recursos da covid é referente a provas que as empresas contratadas por Célio prestavam serviços para Cuiabá em leitos de enfermaria, UTIs para covid e que os contratos são pulverizados, sendo a melhor forma de aferir a quantia financeira é pelo pagamento, e não pelos contratos existentes.

Célio, que chegou no camburão da viatura da Polícia Federal, levou consigo o diploma de ensino superior. Após ser ouvido pelo delegado, o ex-secretário deverá responder pelos crimes de corrupção ativa/passiva e lavagem de dinheiro.

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