A operação deflagrada na manhã desta quinta-feira, 28 de outubro, pela Polícia Federal em continuidade a operação Curare, prendeu o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues.
Célio havia assumido o cargo em junho e, interinamente, continuava também respondendo como diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública – ECSP. Ele saiu do cargo após a primeira fase da operação em julho desse ano.
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Segundo a PF, ao todo serão cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Cuiabá e Curitiba, além das três prisões preventivas e de medidas de sequestro de bens, direitos e valores.
Em Curitiba, foi preso o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur, que seria sócio de Célio. O outro alvo de Cuiabá segue foragido e não teve a identidade revelada.
Como se apurou na primeira fase da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá/MT e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de 100 milhões de reais, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém-transformadas para o ramo da saúde.
Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, através de saques eletrônicos e cheques avulsos, para tentar ocultar o real destinatário dos recursos.
A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral, vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.
Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da Operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de Contratos Administrativos, que beneficiariam, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.
O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.
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Durante depoimento prestado ao Ministério Público (MPMT) a ex-secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Araújo, contou ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) sobre sua suspeita de que Célio Rodrigues cobrava ‘comissão’ para agilizar o pagamento de empresas que forneciam medicamentos à Saúde da capital. Segundo ela as suspeitas tiveram início quando Célio sugeriu terceirizar os serviços do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
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