A Polícia Federal prendeu, na última quinta-feira (18), em Cuiabá, um dos líderes do esquema conhecido como Golpe do Sol, que fraudava investidores prometendo rendimentos altíssimos com créditos de energia solar. O homem estava foragido desde abril deste ano, após ter a prisão decretada pelo juízo da Segunda Vara Federal de Natal, no Rio Grande do Norte.
O caso faz parte da Operação Pleonexia, deflagrada em fevereiro de 2025, que desmantelou uma organização criminosa especializada em crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e lavagem de dinheiro. O criminoso havia fugido de Natal para Mato Grosso, onde acabou localizado e preso pela PF.
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A empresa Alfa Energia Capital, com sedes em Natal (RN) e Barueri (SP), captava recursos prometendo rendimento mensal entre 4% e 5%, muito acima das taxas praticadas no mercado. Para atrair investidores, divulgavam um portfólio de 11 usinas de energia solar, que supostamente geravam mais de 1,2 milhão de kW/mês.
Contudo, a investigação revelou que apenas uma usina existia de fato, gerando apenas 28 mil kW, quantidade muito inferior ao prometido. A Agência Nacional de Energia (ANE) confirmou que a empresa não possuía outorgas ou registros para operar como geradora de energia regularizada no país.
O prejuízo total do golpe foi estimado em R$151 milhões, com vítimas espalhadas por diversas regiões do Brasil. A Polícia Federal continua investigando o paradeiro de outros integrantes da organização criminosa e reforça o alerta para a população desconfiar de promessas de lucros fáceis e altos retornos financeiros.
A prisão foi comunicada à Justiça e o preso será transferido para o Rio Grande do Norte, onde responderá pelos crimes de fraude contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Denúncias sobre esquemas semelhantes podem ser feitas pelos números 197 ou 190.