Uma assistente administrativo da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), de 42 anos, procurou a polícia para denunciar o marido, um advogado de 56 anos, por violência doméstica e sexual. As agressões teriam ocorrido no apartamento onde o casal reside, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá, no último sábado (27 de novembro). O homem teria chegado alcoolizado em casa e nervoso por causa do final da Libertadores.
Segundo relatos da vítima, além de ser agredida, ela também foi ameçada de morte pelo homem, que afirmou que a jogaria da sacada do apartamento onde residem. Antes disso, o agressor - que é filho de um desembargador - ainda teria apalpado as partes íntimas da mulher alegando estar verificando se ela havia mantido relações sexuais com o porteiro do prédio.
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SITUAÇÃO CONTURBADA
Ao registrar o boletim de ocorrências, a vítima explicou que esta não é a primeira vez que o homem a agride e que, inclusive, já havia se separado dele. Contudo, após a morte de sua mãe, o agressor teria insistido para a mulher reatar o relacionamento porque ele estava muito carente. Sensibilizada com sua situação, a mulher alega ter então voltado a Cuiabá, onde voltou a morar com ele.
No fim de semana, continuou a mulher, o homem ficou muito nervoso por causa do final da Libertadores - na qual o Flamengo foi derrotado pelo Palmeiras - e consumiu muita bebida alcoólica e misturou com medicação.
O homem passou então a agredir verbalmente a esposa, que estava no telefone com parentes. Em meio aos ataques, ele começou a fazer violência psicológica, dizendo que ela era a mulher mais feia com quem já tinha se relacionado e a chamando de gorda.
Receosa por sua segurança, a mulher então desceu e pediu para que o porteiro ficasse de olho no apartamento. Ao voltar, ela acabou sendo violentada sexualmente pelo marido. Segundo ela, o agressor introduziu o dedo em sua vagina e ânus para verificar se "tinha cheiro de outro homem".
Em seguida, o homem teria passado a ofender sua honra, a ofendendo com vários termos chulos, além de incluir a mãe da vítima no meio. O advogado também teria afirmado que a mulher teria sido vítima de abuso pelo próprio pai, informação que ela negou à polícia. Foi logo após essas acusações, segundo a vítima, que o homem a teria ameaçado de morte, afirmando que a jogaria do terceiro andar.
O agressor foi autuado em flagrante e após a audiência de custódia na tarde do último domingo, 28 de novembro, foi posto em liberdade.
