O casal de empresários apontado como mandante do assassinato do advogado Renato Nery chegou à sede da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta sexta-feira (09.05), em Cuiabá. Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos teriam oferecido R$ 150 mil pela morte do advogado, devido à sua atuação em um processo de disputa de imóveis avaliados em R$ 30 milhões. (Veja vídeo abaixo)
Cesar Jorge chegou algemado e entrou na delegacia sem falar com a imprensa. Já sua esposa, Julinere, chegou sem algemas e com o rosto encoberto. Ela também não falou com a imprensa.
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O advogado de Cesar, Felipe Maia, afirmou que o cliente estava usado tornozeleira eletrônica desde o dia 18 de abril.
“Instalou tornozeleira eletrônica, forneceu o celular, entregou o passaporte. Enfim, está a completa disposição da justiça e também tem interesse na elucidação desses fatos [...] ele fez a colocação da tornozeleira na Sexta-Feira Santa, foi dia 18 de abril. Colocou em atenção a decisão judicial”, disse o advogado.
As ordens de prisão temporária e de busca e apreensão domiciliar foram decretadas pelo juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá (Nipo). Os envolvidos respondem por homicídio qualificado.
Os mandados judiciais foram cumpridos em Primavera do Leste, no condomínio onde o casal reside, no mesmo local alvo de buscas e prisões anteriores, e também em uma segunda casa que fica em outro endereço na cidade .
A determinação do juízo foi expedida após confirmação dos indícios que constam nos autos do inquérito, que segue para conclusão.
A DHPP teve acesso a informações e fatos relevantes, que confirmaram outras provas sobre a identificação dos autores da execução, dos intermediários e dos mandantes.
As investigações da Polícia Civil apontam que o homicídio foi motivado por disputa de terra.
Após cumprimento das buscas e das prisões temporárias, o casal será apresentado na audiência de custódia e posteriormente encaminhado até a sede da DHPP, em Cuiabá.
Caso Renato Nery
Renato Nery morreu aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, na frente de seu escritório, na Capital.
O advogado foi socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas morreu horas após o procedimento médico.
Desde a ocorrência, a DHPP realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.