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Polícia Terça-feira, 19 de Março de 2024, 11:19 - A | A

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OPERAÇÃO VEREDICTO

Advogado ajuda lideranças do CV a dar "sentença" para decaptação de rivais

Segundo a Polícia Civil, jurista teve papel determinante na execução de dois jovens

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

A Delegacia de Polícia de Tapurah deflagrou nesta terça-feira, 19 de março, a operação “Veredicto” para cumprir ordens de prisão preventiva contra um advogado e dois líderes de uma facção criminosa, todos já custodiados no sistema prisional do estado.

A operação conta com apoio da Delegacia Regional de Nova Mutum e os mandados foram cumpridos em Sinop, onde os três investigados estão detidos em função de outras investigações.

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A investigação apontou que os líderes da facção são os autores intelectuais da morte de Riquelme Souza Félix, 22 anos e Joel Pereira da Silva, 26 anos, e tiveram o auxílio do advogado na ação do “tribunal do crime que culminou com as mortes dos jovens".

As vítimas foram sequestradas e, posteriormente, amarradas em um local de mata próximo ao município de Itanhangá, em abril de 2022. No local, os executores realizaram uma videochamada com os líderes da facção para decidirem sobre a morte das vítimas.

Nesse período, um dos líderes solicitou ajuda ao advogado para fazer um levantamento de informações a respeito de possíveis passagens criminais das vítimas nos estados de Pernambuco e de São Paulo. Desta forma, o advogado, em tempo real, enviou cópias das consultas feitas nos tribunais de justiça, mesmo tendo ciência de que as vítimas estavam amarradas e subjugadas em poder de criminosos. Logo depois, as vítimas, ainda vivas, foram torturadas e esfaqueadas até serem decapitadas. Os executores gravaram toda a cena e enviaram os vídeos para os líderes criminosos.

Conforme apurou a investigação, as lideranças determinaram a dupla decapitação das vítimas, enquanto o advogado auxiliou no ‘veredito’ de morte fornecendo as informações determinantes.

“Assim, o advogado aderiu à conduta dos líderes e consentiu com o resultado da morte, atuando à margem da lei e sem respeitar os princípios éticos que regem a entidade da categoria”, pontuou o delegado responsável pela investigação, Guilherme Pompeo.

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