Esta era só mais uma noite de diversão para a adolescente Fernanda*, de 16 anos, que saiu para um bar em Guiratinga (332 km de Cuiabá). O que ela não imaginava é que Luís*, 35 anos, também ia para a mesma festa com a intenção de se divertir. O problema é que eles têm conceito diferente de diversão. O caso se deu nesta madrugada de domingo, 5 de dezembro.
Segundo o boletim de ocorrências, Fernanda* se divertia tal qual planejou quando Luís* a abordou, pedindo para ficar com ela. A adolescente recusou o pedido e ainda – mesmo sem a necessidade de fazê-lo – explicou que não gostava de homem. Ele, por sua vez, não aceitou a recusa e insistiu em um beijo.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Ainda segundo relato de Fernanda* no b.o., ela foi ao banheiro – de uso unissex -, cujos homens a deixaram passar na frente. Luís* também foi ao banheiro e, vendo que a jovem estava lá, passou em sua frente, alegando estar muito apertado.
Os dois começaram a discutir, momento em que o homem a enforcou e passou a empurrá-la contra a parede. Presa nas mãos de seu agressor, Fernanda* conseguiu bater na porta do banheiro para pedir ajuda. O homem que estava na cabina saiu e, ao ver a cena, a socorreu.
A adolescente saiu do bar aos prantos, quando encontrou uma viatura da Polícia Militar e narrou o crime. Ela foi socorrida e levada à delegacia para as providências cabíveis. Luís* acabou preso em flagrante e o registro encaminhado à imprensa descreve o caso como “importunação sexual”. Como a assessoria de imprensa da Polícia Militar reforçou que o atendimento só deve ser acionado em situações de emergência, não há como saber se ele também responderá por agressão física ou algum outro crime.
O caso de Fernanda* também expôs um problema sistêmico. Desde o início da ocorrência, a Polícia Militar tentou acionar o Conselho Tutelar, mas o número funcional só dava “impossibilitado para atender a ligação”. Os policiais então acionaram uma conselheira que estava de folga para acompanhar a adolescente.
*Nomes fictícios