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Polícia Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 21:09 - A | A

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EM TEMPO REAL

Adolescente de MT admite que acompanhou o triplo homicídio cometido por namorado virtual no RJ

Ediana Tanara

Repórter | Estadão Mato Grosso

Uma adolescente de 14 anos afirmou ter assistido, em tempo real, o assassinato de uma família inteira em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro no último sábado. O crime teve como autor um adolescente de 16 anos, namorado virtual da jovem.

Ele matou a tiros os próprios pais e o irmão de apenas três anos dentro da casa onde moravam, após envenená-los.

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Os investigadores apuraram que a adolescente, moradora de Água Boa (a 736 km de Cuiabá), manteve contato constante com o garoto nos momentos que antecederam e durante os assassinatos.

A polícia confirmou que a jovem assistiu ao triplo homicídio por chamada de vídeo, como se participasse de um jogo.

Durante o depoimento, que durou cerca de duas horas, ela revelou que sabia de tudo o que o namorado pretendia fazer.

As autoridades apuram se a adolescente influenciou diretamente a decisão do rapaz ou se ela apenas presenciou os acontecimentos sem reagir.

Segundo os investigadores, as mensagens trocadas entre os dois indicam uma possível cumplicidade, mas ainda não se pode afirmar se houve incentivo direto.

Os agentes ouviram a jovem com a mãe presente e deixaram sua responsabilidade aos cuidados da família.

A Delegacia de Água Boa atendeu a uma solicitação da Polícia Civil do Rio de Janeiro para interrogar a jovem.

Os agentes coletaram prints de conversas, arquivos de vídeo e áudios trocados entre o casal virtual.

Os investigadores analisam o conteúdo para identificar o grau de participação da adolescente no crime.

A polícia do RJ já havia informado que o adolescente suspeito demonstrava traços de isolamento e fazia parte de grupos virtuais com temáticas violentas. Por isso os investigadores analisam as provas para saber se o garoto agiu com apoio externo ou sob influência digital.

Sobretudo o caso reacende o debate sobre os perigos do contato irrestrito de menores em ambientes digitais.

Namoros virtuais, especialmente entre adolescentes, podem envolver riscos graves quando não acompanhados por responsáveis.

Por fim a participação passiva ou ativa em crimes por meio de redes e plataformas online levanta questionamentos sobre a necessidade de monitoramento, limites e educação digital dentro das famílias.

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