Depois das eleições, os ditos “cientistas políticos” ficarão a opinar sobre o “porque” de tantos votos nulos e o desinteresse do povo pelas eleições.
Mas, nesta eleição bem no meio do caminho uma pandemia, com um vírus perigosíssimo, o eleitor deverá pensar muito antes de correr o grande risco da contaminação, pois haverá grandes aglomerações nas filas para votar, e por isso, provavelmente ocorrerá a grande ausência de eleitores.
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Por isso, vamos analisar quais os candidatos poderão tirar proveito desta situação ou não, onde o medo da contaminação terá grande influência, pois ainda reina no subconsciente do povo que não é porque existe uma eleição que a contaminação acabou. Vejamos então:
1 - Entre os candidatos existem aqueles que já têm uma base fidelizada e, por isso, têm uma grande quantidade de eleitores cativos, que já conhecem os projetos dos seus candidatos, e irão votar neles, faça chuva ou faça sol, com vírus ou sem vírus, e com certeza eles estarão lá.
2 - Existem aqueles candidatos que têm em sua base uma grande quantidade de eleitores idosos, que estão legalmente dispensados de votar, e, também, os próprios familiares não os deixarão se deslocar para a zona eleitoral, pois esses eleitores estão no grupo de risco, e por isso, ficarão sem sair de casa, portanto, esses candidatos perderão muitos votos.
3 - Há aqueles candidatos que têm a sua base formada por uma grande quantidade de jovens, estes sim, estarão presentes na votação. Mas os marqueteiros, erradamente, não buscaram durante a campanha eleitoral um espaço maior para conquistá-los, pouco se falou para os jovens, e foi um grande erro dos candidatos, porque os jovens podem decidir esta eleição.
4 - Deixam de ser o candidato do povo, para ser o candidato do presidente e do governador; vimos muitos candidatos pegando carona na eleição passada, tentando usar o prestígio de alguém. Fica a pergunta: será que esse suposto prestígio do presidente ou do governador poderá ser dividido para tantos candidatos sem personalidade própria? Mas isso acontece em todos as eleições, são candidatos bonecos de ventrículos, que ficam sentados no colo do presidente ou do governador, simplesmente porque, talvez, eles acreditem que esse apoio pode eleger até um poste.
No meio político e durante as campanhas eleitorais, reina a falta de educação e cultura (basta ouvir que eles falam), por si só, todo o comportamento não civilizado seria digno de reprovação, e depois de exalar os impropérios, vejam durante a campanha depois das baixarias, um fica a exigir respeito do outro, e até recorrem exigindo junto à Justiça Eleitoral o direito de resposta.
Propagam sabedoria, mas nos confrontos distribuem ignorância de lados opostos e conflitantes, e cabendo ao povo involuntariamente ficar a ouvir a falta de uma polida educação dos candidatos; e, sem entender o sistema político, os eleitores ficam reféns dos atos de egoísmo e despreparo dos candidatos, que ao promover brigas pelas vagas, antes mesmo das convenções, por isso, provocam repugnância em muitos eleitores.
E assim, no dia 15 de novembro, o povo seguirá de cabeça baixa e pensativa, pisando nos “santinhos poluidores”, e que ficam espalhados criminosamente e estrategicamente nas portas das Zonas Eleitorais, mas só resta aos eleitores protestar no silêncio ensurdecedor das cabines e no sigilo do seu ato individualizado participar da democracia, demonstrar as suas indignações contra a obrigatoriedade de ter que escolher pelo menos um candidato, que se enquadre no seu checklist de honestidade e de ser incorruptível. Essa será a sua difícil missão, a de saber escolher aquele que seja o melhor para a sua consciência, porque depois serão 4 anos de decepção, por isso, não deixem de votar, pois a democracia é uma conquista do povo brasileiro, e acreditem: é votando que se aprende a votar.
* WILSON CARLOS FUÁH é especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.