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Opinião Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020, 18:19 - A | A

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020, 18h:19 - A | A

WILSON FUAH

Segundo turno, uma nova eleição

Wilson Fuáh*

O segundo turno é uma eleição diferente, é uma nova eleição, tudo que passou não é passado, porque as agressões e os confrontos de destruição de história e imagem que foram realizados nas propagandas eleitorais e nos debates tornam-se empecilhos para acordos e apoios.

No segundo turno o tempo é muito curto para mudar a direção e comportamentos que ocorreram no primeiro turno, e as situações de confronto ainda estão muito vivas e presentes.

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De olho em 2022, os partidos e os líderes vão pensar muito antes de levar o partido para apoiar o Abílio Júnior ou o Emanuel Pinheiro, porque estarão arriscando o sucesso ou insucesso deste ou daquele candidato na Administração da Prefeitura de Cuiabá. O PP, através do seu líder máximo Blairo Maggi, e o PDS, através do senador eleito Fávaro,  já decidiram pelo apoio a Emanuel Pinheiro que está executando os seus projetos e no mínimo o que pode acontecer é manter no mesmo patamar de execução dos projetos e obras; mas também pode ter mais sucesso no mandato seguinte, já tem experiência e equipe. Por outro lado, o DEM já decidiu pelo apoio ao candidato Abílio Junior, que é uma incógnita, pois nunca administrou uma empresa com orçamento de   R$ 2,4 bilhões; se alcançar o sucesso, será dividido com os partidos que o apoiaram, e se ocorrer o contrário interferirá na eleição de 2.022, pois o fracasso será repassado.    

Mas o que temos que lembrar é que os eleitores não seguem cegamente os candidatos em quem votaram no primeiro turno, principalmente porque os eleitores hoje não votam nos candidatos ou nos partidos, mas sim nos programas que mais se aproximam das suas expectativas de melhorias para cidade, e que podem trazer "bem-estar" para o povo, principalmente aqueles que produzirão grandes transformações para melhoria da cidade, onde o eleitor vive ou escolheu para morar.

Agora a eleição foi zerada, e começa uma nova eleição. As dúvidas estão soltas no ar e nas cabeças dois candidatos que passaram para o segundo turno:

1 - Até onde será importante buscar apoio dos vereadores eleitos e não eleitos?

2 - Será que vale a pena intensificar o aparecimento do presidente e do governador no horário eleitoral dando apoio?

3 - Será que é importante mudar a imagem do candidato, veja que um foi caracterizado como “fala mansa” e outro caracterizado como “arrogante”? Será que entonação da voz vence eleição?

4 - Será que um dos dois candidatos pensa em trocar o marqueteiro, e possa encontrar um Mandrake que ensina a trocar pneus com o carro andando ou parar tudo e usar os assessórios disponíveis como: mudar o sorriso ou mudar a cara carrancuda; mas se fizer isso, pode até descaracterizar os candidatos.

Veja que o segundo turno é uma nova eleição, com muitos ingredientes políticos e até com novas características: a começar pelo Horário Eleitoral Gratuito, que terá o tempo absolutamente igual para o Abílio Júnior e para o Emanuel Pinheiro, por isso, uso do palanque eletrônico no rádio e na televisão terá a importância ainda maior, e cabe a cada um seguir uma linha que tenha o melhor conteúdo a ser repassado em tempo exíguo. E o principal é focar no programa de governo e não continuar com as agressões e seguir na tentativa de destruir a história do adversário, porque quando assustar já é o dia 29.

O segundo turno é como se fosse uma decisão de campeonato com prorrogação, as equipes já estão cansadas e têm pouco tempo para recuperar as energias. A folga é de um dia ou nem isso. Começa o jogo com o placar zerado, o importante é desfazer o clima do “já ganhou”, pois todos os detalhes são importantíssimos.

Mas, em política, por ser uma Ciência Social as decisões nunca são baseadas em caráter científico, pois os fatos passados não se repetem, e as ações podem ser mudadas a cada eleição, mas o empírico em política não se sustenta só na observação dos novos fatos. Mas sim, na visão do futuro com decisões pesquisadas nas ações do próprio candidato e do adversário, baseado no que foi desenvolvido no primeiro turno, e desprezar os erros e desenvolver novas ações modificativas.

O segundo turno deixa muitas dúvidas no ar, porque os interesses são sempre soberanos sobre a razão e a consciência nas ações dos políticos considerados irracionais quando se usa a paixão como linha de ação, por isso, o mundo político é composto pelo extraordinário e pelo imponderável.

Os detalhes serão fatores determinantes para decidir o vencedor.

Você sabe quem será o vencedor?

Eu sei: vencerá sempre a DEMOCRACIA.

A democracia é o melhor regime já inventado pela humanidade, vence a vontade da maioria, por isso é que devemos votar, pois antes de ser uma obrigação, é a opção que a legislação eleitoral nos faculta para escolher aquele que irá dirigir a nossa cidade por quatro longos anos.

Não seja omisso, esse ato não ajuda a construir a democracia, pois é votando que poderemos escolher o melhor e usando o poder da nossa vontade.

 

WILSON CARLOS FUÁ é especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.

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