O ano de 2021 ainda não acabou, mas vimos que o desemprego não para de subir, e o Brasil atualmente é um dos piores nesse quesito, com cenário preocupante, o que nos coloca numa condição nada confiante. Independente do que está acontecendo para que o desemprego apresente essa alta, uma coisa é fato: estamos todos correndo o risco de fazer parte dessa estatística. Infelizmente.
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Algumas pessoas podem ter pensado que contariam com o seguro desemprego, o FGTS, e todos os direitos trabalhistas que acumulou, no entanto, esse dinheiro também pode acabar e você ainda estar desempregado. Afinal, o que garante a recolocação no mercado?
Mas então qual a melhor solução para se precaver? A Reserva de Emergência!
A reserva de emergência serve para os momentos que não estavam planejados para ocorrer, como gastos médicos, desemprego, problemas estruturais na casa, ou seja, imprevistos. E sabemos que não é sempre que temos os recursos necessários para resolver esses importunos e precisamos recorrer a algumas medidas que não são boas para a saúde financeira como depender do próximo salário e comprometer as contas do próximo mês, empréstimos com altas taxas de juros e algumas vezes simplesmente não é possível pagar e fica com aquela pendência atrapalhando seu sono. E é para que você não fique endividado, apertado e com problemas financeiros que serve a reserva de emergência.
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Como funciona?
A reserva de emergência precisa representar de 6 a 12 meses os seus custos mensais, e isso inclui desde a sua conta de energia, aluguel, até a parcela do seu seguro e gastos com cartão de crédito. Não precisa se assustar com o valor final e desistir de montar a sua reserva de emergência, o importante é começar a poupar para esse fim. Então se você conseguiu entender a função da reserva, comece a poupar agora mesmo e durante os próximos meses acumule esse montante. Pode parecer um sacrifício grande no começo, mas você pode apostar que se sentirá menos desesperado quando o inesperado acontecer.
O que faço com esse dinheiro?
Para que você não caia na tentação de gastar com coisas que poderiam ser planejadas, ou desnecessárias, é preciso que o dinheiro fique investido, ou seja, guardado, seguro e longe da sua conta corrente.
Na hora de procurar o banco ou a corretora para investir é importante lembrar que momentos de emergência, como o nome diz, não são momentos que podemos esperar dias ou meses para receber o dinheiro, então esse investimento precisa ter liquidez diária (resgate no mesmo dia).
O que os bancos têm para oferecer que se encaixa nessa necessidade são os CDBs de liquidez diária. CDB é um título que diz que você emprestou dinheiro ao banco e que receberá os juros combinados assim que resgatar. No caso da “liquidez diária”, você pode resgatar quando precisar. Esse é um investimento tão seguro quanto a poupança, mas tem um retorno melhor!
Dicas:
Não aceite um CDB que renda menos de 100% do CDI, procure a melhor aplicação para você em um banco que pague ao menos isso.
Não precisa ter medo de investir em CDB, se você conhece o banco em questão e sabe que é grande e saudável, pode ficar tranquilo.
Repito: não gaste com nada que poderia ter sido planejado como viagens, compras, estética. Esse dinheiro é útil para momentos inesperados.
Emanuella Camargo é bacharel em economia, atua como assessora de investimentos e educadora financeira