O movimento de recuperação dos empregos no último trimestre foi mais forte em Mato Grosso que no restante do Brasil. Colosso na economia, nosso estado sustenta a segunda menor taxa de desemprego, com 6,6%, atrás apenas de Santa Catarina, com 5,3%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, mostram um avanço significativo da empregabilidade entre os mato-grossenses, visto que no terceiro trimestre de 2020 a taxa de desemprego estava em 10,2%.
Nos últimos 12 meses, praticamente todos os setores da economia mato-grossense aumentaram de forma significativa os postos de trabalho. A maior alteração foi no número de empregados domésticos, que cresceu 32,9%, sendo 26,7% apenas entre o 2º e o 3º trimestres. Em seguida aparecem o setor de alojamento e alimentação, com 27,8% de crescimento, e ‘transporte, armazenamento e correio’, com alta de 22,1%.
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Só que nem tudo são flores. Alguns setores ainda sentem as dificuldades trazidas pela pandemia, enquanto outros acabaram reduzindo o número de empregados no último trimestre. Um dos mais afetados pela crise sanitária, o setor de serviços em geral teve redução de 15,9% no número de vagas somente no último trimestre e 9,6% em 12 meses. Quem também não vai muito bem é o setor de atividades financeiras e imobiliárias, que teve redução de 2,1% nos postos de trabalho. Já as oficinas e empresas especializadas em reparação de veículos continuam sentindo os efeitos da crise e fecharam mais postos de trabalho, com redução de 0,6% no último trimestre e 2,1% em 12 meses.
Assim como no restante do país, o movimento de retomada do emprego vem acompanhado de uma redução no rendimento dos trabalhadores. Conforme a Pnad, a renda média dos trabalhadores mato-grossenses saiu de R$ 2.723 no terceiro trimestre de 2020 para R$ 2.419 no terceiro trimestre de 2021, uma queda de 11,2% em apenas 12 meses. Isso representa R$ 304 a menos no bolso dos trabalhadores mato-grossenses. Com essa redução, a massa salarial caiu de R$ 4,261 bilhões para R$ 4 bilhões, redução de 5,9%. Isso representa R$ 253 milhões a menos circulando na economia estadual.
Os dados do IBGE confirmam a recuperação econômica que é vista a olhos claros em Mato Grosso. Estado que menos sentiu os efeitos deletérios da pandemia de covid-19, Mato Grosso também caminha rapidamente para superar a crise, em grande parte devido à supervalorização das commodities nos últimos anos. Entretanto, ainda precisamos avançar em políticas públicas que façam tanta riqueza chegar à base da pirâmide social. Um estado rico deve olhar mais para o seu povo.