O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta segunda-feira a Pfizer e a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA), um órgão de seu próprio governo, por não terem anunciado os resultados da vacina da companhia farmacêutica contra a covid-19 antes das eleições.
"A FDA e os democratas não queriam que eu tivesse um TRIUNFO sobre vacinas antes das eleições, então ele (o estudo) saiu cinco dias depois, como eu sempre disse", escreveu Trump no Twitter.
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"Se Joe Biden fosse presidente, não teriam a vacina por mais quatro anos, nem a FDA a aprovaria tão rapidamente. A burocracia teria destruído milhões de vidas", alegou Trump, que não reconheceu a derrota para o candidato democrata nas eleições presidenciais do último dia 3 e tenta reverter o resultado na justiça.
A FDA, órgão regulador, faz parte do Departamento de Saúde e é dirigida por Stephen Hahn, nomeado pelo presidente.
"Como eu disse há muito tempo", acrescentou Trump, "a Pfizer e as outras (empresas farmacêuticas) só iriam anunciar a vacina após a eleição porque não tinham coragem de fazê-lo antes. E a FDA deveria tê-lo anunciado mais cedo, não para fins políticos, mas para salvar vidas!
Nesta segunda, a Pfizer anunciou que sua vacina contra covid-19 é 90% eficaz, acima das exigências dos reguladores americanos, o que pode facilitar o processo para que seja disponibilizada ao público ainda neste ano.
Embora a Pfizer e o governo Trump tenham assinado um contrato para a futura compra de 100 milhões de doses da vacina por US$ 1,95 bilhão, a empresa farmacêutica não recebeu financiamento público para desenvolvê-la, assim como outras como a Moderna e a AstraZeneca.