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Mundo Sábado, 20 de Novembro de 2021, 16:01 - A | A

Sábado, 20 de Novembro de 2021, 16h:01 - A | A

LEGÍTIMA DEFESA

Jovem que matou 2 em protesto antirracista é inocentado por Tribunal

G1

O tribunal do júri decidiu, nesta sexta-feira (19), que o jovem que matou duas pessoas durante um protesto contra o racismo em Kenosha, nos Estados Unidos, agiu em legítima defesa e, portanto, não é culpado da acusação de assassinato.

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Kyle Rittenhouse, de 18 anos, matou Joseph Rosembaum e Anthony Huber durante uma das várias manifestações antirracistas na cidade em agosto do ano passado, quando tinha 17 anos.

Os atos ocorriam em repúdio ao caso Jacob Blake, homem negro baleado por um policial branco durante abordagem em Kenosha.

Uma terceira pessoa foi baleada pelo então adolescente, mas foi levada ao hospital e sobreviveu. A ação foi toda registrada em VÍDEO, veja abaixo.

Kyle viajou para Kenosha quando soube dos protestos e, ao que parecia, queria dar apoio aos policiais da cidade — ele mesmo participou na adolescência de um programa da polícia para jovens. O rapaz aparecia em fotos segurando armas e compareceu na primeira fila de um comício do então presidente Donald Trump, que buscava a reeleição.

O homem, agora absolvido, nem poderia estar armado na ocasião: em Wisconsin, a compra e porte de armas é permitida apenas para pessoas maiores de 21 anos. Além disso, um decreto municipal também impunha toque de recolher na cidade de Kenosha na noite em que os tiros foram disparados.

A defesa do acusado dizia que ele atirou "em legítima defesa". Ele corria o risco de pegar prisão perpétua, caso o júri – que tomou mais de três dias para deliberar o veredito – decidisse que ele agiu com dolo.

Rittenhouse respondia por homicídio, por colocar outras pessoas em risco e por ser, na época do crime, um menor de idade em posse de arma de fogo — a lei de Wisconsin impede que menores carreguem armamento.

Os pais de Huber, um dos assassinados, disseram em um comunicado que estavam "com o coração partido" e que o veredito "envia uma mensagem inaceitável de que civis armados podem incitar a violência matar pessoas".

Ano de protestos antirracismo

A violência aumentou em Kenosha e outras parte dos EUA principalmente depois que ativistas pró-polícia — inclusive milícias armadas — entraram em choque com os manifestantes que protestavam contra a violência racista policial.

O ano de 2020 foi marcado nos EUA por protestos volumosos contra o racismo após diversos casos de violência policial motivadas por raça virem à tona.

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Além do caso Blake, as mortes de George Floyd, Breonna Taylor e Daniel Prude revoltaram a população americana, que tomou as ruas das principais cidades do país principalmente entre maio e setembro.

Em alguns casos, houve depredação e saques. No entanto, o que se viu na maioria das vezes foram atos pacíficos, inclusive com participação de policiais e autoridades.

VEJA VÍDEO 

 

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