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Judiciário Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2025, 13:46 - A | A

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OPERAÇÃO RESSARCIRE

Quadrilha que aplicava golpe no OLX é condenada a 21 anos de prisão

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz Jean Garcia Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou uma quadrilha apontada por aplicar golpes no OLX em vários estados brasileiros. Juntos, os réus foram condenados a 21 anos de prisão. O chefe da organização comandava o grupo de dentro de uma penitenciária do Estado e em 1 ano movimentou R$ 390 mil e outros bens. A decisão foi publicada na última sexta-feira, 17.

O chefe da organização, Lori Gasparini, foi condenado a 7 anos e 4 meses em regime fechado. Ele comandou o grupo enquanto estava preso e utilizou o nome de “laranjas” para camuflar o dinheiro. Na casa dele foram apreendidos um Motor Home Volare, um Fiat Toro e uma moto BMW 310, nenhum dos veículos estavam em seu nome, mas as chaves estavam na posse dele.

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Com a apreensão dos bens, o magistrado determinou a transferência antecipada dos veículos para que não sofressem com a deterioração do tempo. Após isso, os veículos serão leiloados.

“[...] o valor obtido com a venda antecipada do bem será depositado em conta vinculada ao Poder Judiciário, para que interesses futuros sejam devidamente resguardados, atendendo ao interesse do proprietário. Em face do exposto, em sintonia com a orientação da Corregedoria-Geral da Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, determino a alienação antecipada, em incidente apartado”, determinou.

Já a integrante Lauany Mirelly Ribas Moura, esposa de Lari, foi condenada a 4 anos e 6 meses de prisão em regime inicial semiaberto. Nos autos, o magistrado explicou que ela usava o aplicativo OLX para aplicar golpes em vendedores e compradores. As investigações apontaram que ela fazia todo o serviço extramuro e ajudava na captação de novos integrantes

Geldeir de Negro Cintra e Vladenir Bueno, também apontados como integrantes, foram condenados a 5 anos e 1 mês de prisão em regime inicial fechado, cada. As penas deles foram maiores por eles já possuírem antecedentes criminais. Assim como Lauany, Geldeir, os dois também agiam enganando pessoas pelo aplicativo.

Os celulares apreendidos durante a investigação serão destruídos por terem perdido valor de mercado.

"No que tange aos valores apreendidos com perdimento decretado, determino sua reversão ao [Fundo Penitenciário Nacional] FUNPEN/MT, com fundamento na Lei Complementar Estadual nº 498, de 04 de julho de 2013. Por fim, quanto às armas de fogo e munições apreendidas, determino seu encaminhamento ao Comando do Exército", decidiu.

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