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Judiciário Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2023, 10:21 - A | A

Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2023, 10h:21 - A | A

OPERAÇÃO HYPNOS

MP denuncia ex-secretário de Saúde e mais 10 por associação criminosa

Operação foi deflagrada no início do mês e culminou na prisão de Célio Rodrigues

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) ofereceu denúncia contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, e outras 10 pessoas referente à operação Hypnos, deflagrada no início do mês para investigar suposto desvio de R$ 1 milhão de recursos públicos na compra de medicamentos feita pela Empresa Cuiabana de Saúde Pública durante a pandemia do novo coronavírus.

O documento foi formulado pelo promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour Cesar no último dia 24.

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Contra Célio Rodrigues, que está preso desde a deflagração na Penitenciária Central do Estado (PCE), o promotor ofereceu denúncia pelos crimes de associação criminosa, contratação indireta indevida, peculato majorado e lavagem de capitais.

Os outros 10 nomes da lista também foram denunciados pelos mesmos crimes e alguns por falsidade ideológica, são eles: Eduardo Pereira Vasconcelos, Gilmar Furtunato, João Batista de Deus Júnior, João Bosco da Silva, João Victor Silva, Jussiane Beatriz Perotto, Maurício Miranda de Mello, Mônica Cristina Miranda dos Santos, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Raquell Proença Arantes.

De acordo com as investigações realizadas pela Polícia Civil, a Remocenter, que recebeu mais de R$ 1 milhão para oferecer medicamento, é uma empresa fantasma montada apenas para “dar ares de legalidade” ao desvio de dinheiro público.

O apontamento consta na decisão que deflagrou a operação e resultou na prisão do ex-secretário municipal de Saúde, Célio Rodrigues.

A decisão descreve que as investigações identificaram que em maio de 2021, a empresa emitiu uma nota fiscal sobre a venda de 9 mil unidades do medicamento Midazolam 15MG/3ML, com custo unitário de R$ 111,12, totalizando R$ 1.000.080,00.

Nove dias após o pagamento, a empresa emitiu uma nota fiscal com uma numeração diferente, alterando a quantidade do medicamento para 19 mil, como valor unitário de aproximadamente de R$ 52.

Logo após, investigadores foram até a sede da empresa na Avenida Miguel Sutil, mas identificaram a existência de apenas uma empresa imobiliária.

Em consulta, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) encaminhou informações de que não foram encontradas contratações de serviços de energia elétrica e serviços de telecomunicações pela empresa. O Conselho Regional de Farmácia comunicou que não consta nenhum registro da Remocenter no sistema de cadastro de empresas.

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