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Judiciário Domingo, 26 de Dezembro de 2021, 21:30 - A | A

Domingo, 26 de Dezembro de 2021, 21h:30 - A | A

GREVE ILEGAL

Desafiando o governo e ordens judiciais, policiais penais fazem manifestação em Cuiabá

Justiça determinou o retorno imediato dos grevistas ao trabalho, liberando até o uso de força policial para restabelecer os serviços do sistema prisional

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

A decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que determinou o corte dos salários dos policiais penais em greve e o uso de força policial para restabelecer o funcionamento do sistema prisional não se mostrou suficiente para encerrar o movimento paredista. Desafiando o governo e as ordens judiciais, os grevistas organizam marcha em Cuiabá na manhã desta segunda-feira, 27 de dezembro, e seguem de ‘braços cruzados’ nas unidades prisionais.

Na última sexta-feira (24), o desembargador Pedro Sakamoto acolheu parecer do Ministério Público Estadual (MPMT) e determinou o retorno imediato aos trabalhos, sob pena de multa de R$ 200 mil por dia para o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Penitenciário (Sindspen-MT). O magistrado ainda determinou a prisão dos grevistas que atrapalharem os serviços do sistema prisional e multa de até 10 salários mínimos para os trabalhadores das unidades que recusarem o recebimento de novos presos.

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Desde então, o sindicato tem publicado em suas redes sociais imagens de policiais penais encampando a greve e reforçou o diálogo com políticos que fazem oposição ao governador Mauro Mendes (DEM), como os deputados federais José Medeiros (Podemos) e Emanuelzinho.

O Sindspen publicou mensagem de Natal incentivando os policiais que estão na ‘linha de frente’ do movimento grevista e convocando-os para uma manifestação na manhã desta segunda-feira. Os manifestantes vão se reunir a partir das 7h30 na Praça da República, em frente ao Correio, e sairão em passeata a partir das 8h30. A ideia é mostrar a força do movimento paredista e chamar atenção para a causa.

Os policiais penais estão em greve desde o dia 15 de dezembro. A categoria alega que recebe os menores salários da Segurança Pública e pede equiparação às demais forças policiais. Para isso, seria preciso quase dobrar o salário. Atualmente, o salário inicial de um policial penal é R$ 3,1 mil, enquanto um policial civil recém-concursado recebe R$ 5,6 mil e um PM recebe R$ 4,8 mil.

Informações preliminares apontam que o governo chegou a propor um aumento de 15%, além da Revisão Geral Anual (RGA) de 7%, dias antes da deflagração da greve. Contudo, o governador Mauro Mendes afirma que não autorizou a apresentação dessa proposta e nem reconhece seu conteúdo.

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