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Judiciário Quinta-feira, 23 de Setembro de 2021, 11:11 - A | A

Quinta-feira, 23 de Setembro de 2021, 11h:11 - A | A

4 ANOS DEPOIS

Após decisão do STJ, Waldir Teis retorna ao cargo de conselheiro do TCE

Teis foi afastado do cargo por suspeita de corrupção e chegou a ser preso em julho de 2020, durante operação da Polícia Federal

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Waldir Teis está de volta ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), após mais de quatro anos de afastamento por ordem judicial. O retorno de Teis foi permitido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na quarta-feira (22) e ele foi empossado já na manhã desta quinta (23), em cerimônia realizada no gabinete do presidente do TCE, Guilherme Maluf.

Com o retorno de Teis ao cargo de conselheiro, o auditor substituto de conselheiro Luiz Henrique Lima deixa seu lugar no Tribunal Pleno.

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Waldir Teis foi afastado junto com outros quatro conselheiros - Antônio Joaquim, Sérgio Ricardo, José Carlos Novelli e Valter Albano - por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os mandados foram cumpridos durante a 12ª fase da Operação Ararath, batizada de Malebolge, que foi deflagrada no dia 14 de setembro de 2017.

Teis foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, em meio a um esquema de propinas para fazer ‘vista grossa’ na fiscalização das obras da Copa do Mundo de 2014. Ele é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em julho de 2020, Waldir Teis foi preso pela Polícia Federal, por supostamente ter destruído provas com o objetivo de atrapalhar as investigações. Na ocasião, ele desceu correndo, pelas escadas, 16 andares do prédio onde mora para rasgar e descartar folhas de cheque que poderiam comprometê-lo. O valor dos cheques somava R$ 450 mil.

Teis foi solto cerca de um mês depois, mediante uma série de medidas cautelares. Entre elas estava a proibição de acesso às dependências do Tribunal de Contas.

Ao liberar o retorno de Teis ao cargo no TCE, o ministro Raul Araújo, do STJ, afirmou que o conselheiro representa o mesmo risco que os demais afastados na Operação Malebolge. Deles, apenas Sérgio Ricardo não foi reconduzido ao cargo.

“Hoje, o risco de o acusado adotar conduta incompatível com o seu retorno às funções de conselheiro é o mesmo dos demais conselheiros investigados que estão de volta ao TCE”, diz trecho da decisão.

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