Com a chegada do inverno, as famílias brasileiras enfrentam um aumento significativo das despesas com energia elétrica, gás e outros serviços essenciais. O uso mais intenso de aquecedores, chuveiros com temperaturas elevadas e a ampliação do tempo de iluminação nas residências, aliado à possibilidade de cobrança de bandeiras tarifárias, gera um impacto direto no orçamento doméstico. Para quem não se organiza com antecedência, o risco de descontrole financeiro aumenta consideravelmente.
Para Henrique Soares, planejador financeiro CFP® pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), a elevação das contas no período é previsível e deve ser incorporada ao planejamento financeiro anual. “A alta nas despesas de consumo durante o inverno é uma realidade esperada, mas que pode ser administrada com ações antecipadas para evitar surpresas desagradáveis”, explica. Ele ressalta ainda que a educação financeira e o acompanhamento constante dos gastos são fundamentais para evitar imprevistos e manter o orçamento equilibrado ao longo do ano. “Planejar é estar preparado para as variações sazonais e administrar os recursos com inteligência”, conclui Soares.
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O impacto nas contas de energia e gás pode chegar a um aumento de até 30% em relação aos meses mais quentes, o que demanda ajustes cuidadosos no orçamento familiar. Soares alerta que a ausência de planejamento pode levar ao uso excessivo de crédito rotativo e parcelamentos, que geram uma bola de neve de dívidas que se tornam difíceis de pagar. “É importante enxergar essas contas como parte do ciclo financeiro e não como gastos pontuais”, acrescenta.
Entre as estratégias recomendadas está a constituição de uma reserva sazonal, baseada no histórico de consumo dos meses frios. Essa reserva permite enfrentar os picos de gasto sem comprometer outras metas financeiras ou precisar recorrer a empréstimos emergenciais. Além disso, o especialista destaca que pequenas atitudes, como melhorar o isolamento térmico da casa, usar aparelhos elétricos de forma consciente e revisar contratos com fornecedores, ajudam a reduzir as despesas.
A educação financeira e o acompanhamento contínuo dos gastos são essenciais para evitar surpresas no orçamento e garantir o equilíbrio financeiro ao longo do ano. Controlar os custos, revisar periodicamente as despesas e ajustar hábitos de consumo contribuem para que as famílias enfrentem os meses de maior demanda sem comprometer outras prioridades financeiras. “Planejar é estar preparado para as variações sazonais e administrar os recursos com inteligência, garantindo maior segurança e tranquilidade para o futuro”, conclui Soares.