O mercado de trabalho está em constante evolução, impulsionado pela Inteligência Artificial (IA) e outras tecnologias. Essa transformação profunda está redefinindo as práticas de RH, desde o recrutamento até a gestão de talentos. A consultoria global de gestão organizacional, Korn Ferry, em seu estudo "Tendências de RH 2024-2025", aprofunda a análise do impacto da IA nesse cenário, apresentando dados relevantes sobre as mudanças em curso.
O estudo revela que a preocupação com a redução de quadros, devido à inteligência artificial generativa, é menor do que se imagina. Embora 9% das empresas planejem diminuir sua estrutura no futuro, a maioria (90%) não tem essa intenção. Apenas 1% já adotou essa medida, até o momento.
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Questionados se as empresas têm habilidades aprofundadas em relação à Inteligência Artificial Generativa, 36% discordam sobre isso e 38% não acreditam e nem desacreditam. Apenas 1% afirmou que concordar totalmente.
A pesquisa revelou que a maioria das empresas ainda não possui habilidades aprofundadas em inteligência artificial generativa, de acordo com a percepção dos respondentes. Apenas 1% concordou totalmente com essa afirmação, enquanto 36% discordaram e 38% se mostraram neutros.
Mesmo com o avanço das novas tecnologias, as organizações ainda são resistentes sobre à utilização dessas soluções inovadoras no seu cotidiano. A maioria (74%) diz não utilizar alguma ferramenta de Inteligência Artificial Generativa, apenas 26% afirmam utilizar a IA internamente.
Os dados do estudo também revelaram quais são as ferramentas que essas companhias mais utilizam em sua gestão: o ChatGPT (62%), Copilot (52%), Viva (4%), Bard (1%) e outros (26%) foram as opções mais respondidas.
Segundo Rodrigo Accarini, Sócio e Líder da área de Soluções Digitais no Brasil, da consultoria global de gestão organizacional, Korn Ferry, mesmo com o grande potencial da Inteligência Artificial para otimizar processos e impulsionar o crescimento das empresas, muitas organizações ainda enfrentam uma lacuna significativa de conhecimento sobre como aplicar essa tecnologia em seus negócios e uma resistência em adotar a ferramenta.
“Há falta de habilidades em IA. Nós temos o desafio de escassez de profissionais que sejam mais qualificados, o que limita sua capacidade de aproveitar os benefícios dessa solução. Além disso, a complexidade com a tecnologia e a incerteza sobre o retorno do investimento de fato também dificulta a adoção.”, explica.
A IA no cotidiano
Ao serem questionados sobre como a empresa utiliza a tecnologia de Inteligência Artificial Generativa no dia a dia, o levantamento identificou que a maioria opta pela eficácia de processos (59%) e chatbot interno (59%). Outros preferem aproveitar a IA para pesquisas internas (48%), análise preditiva (42%) e redução de vieses (23%).
Potencial presente e futuro
O levantamento da Korn Ferry se aprofundou em entender, em relação ao presente, como as companhias classificam o uso de Inteligência Artificial Generativa dentro do processo interno de RH nas empresas e seus setores. As classificações foram feitas em níveis, sendo 1 (muito baixo), 2, 3, 4 (mediano) e 5 (muito alto).
Por exemplo, como nível muito baixo, os setores de saúde e segurança no trabalho (56%), gestão de mudança e desenvolvimento organizacional (55%), análise de dados/people analytics (43%), comunicação interna (45%), diversidade e inclusão (58%) entre diversos outros, listados abaixo, ao lado dos de níveis medianos e superiores.
O levantamento também se preocupou em compreender como as empresas classificam o uso de Inteligência Artificial Generativa dentro do processo interno de RH, mas com o recorte voltado para o potencial futuro nos mesmos setores.
“Embora a inteligência artificial seja uma tendência inevitável, as empresas demonstram resistência em adaptá-la aos seus processos.
A falta de conhecimento sobre a nova tecnologia, a preocupação com a reestruturação interna e o medo de perder empregos são alguns dos principais obstáculos que notamos. É fundamental oferecer informações e suporte para auxiliar as empresas na superação desses desafios e aproveitar os benefícios da IA”, finaliza Accarini da Korn Ferry.