O Cuiabá praticamente deu adeus ao sonho do retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. A derrota por 2 a 0 para o Amazonas, neste domingo, 2 de novembro, no estádio Carlos Zamith, em Manaus, pela 35ª rodada da Série B, deixou o time mato-grossense estagnado nos 50 pontos, na 11ª colocação, e sem chances matemáticas reais de alcançar o G-4.
Após o apito final, o técnico Eduardo Barros foi direto. “O sonho chegou ao fim porque a gente acredita que com 59 pontos vai ser insuficiente para conquistar o acesso”, afirmou. Ainda assim, o treinador pediu comprometimento na reta final do campeonato. “Mas os objetivos da temporada não acabaram. A gente precisa terminar com dignidade, honrar a camisa do Cuiabá e fazer três grandes jogos”.
O revés em Manaus marcou a terceira partida consecutiva sem vitória e manteve o jejum fora de casa, que já dura cinco meses. Nos últimos seis jogos, o Dourado conquistou apenas uma vitória, somando dois empates e três derrotas. Mesmo com os retornos de Calebe e Safira, recuperados de lesão, o treinador optou por alterar o esquema tático, saindo do 3-4-3 para o 4-3-3. A mudança, porém, não surtiu efeito.
“Hoje a gente sabia que o jogo fora de casa, nesse horário, com as condições do campo, prejudicaria muito a gente fazer aquilo que tem sido uma característica da equipe. Alguns jogadores sofreram bastante com o calor, outros com ritmo, o caso do Calebe e do Safira. Nossa equipe não se encontrou quase que em nenhum momento do jogo e seguramente foi a pior atuação da equipe sob o meu comando”, admitiu Barros.
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Os gols da vitória do Amazonas foram marcados por Diego Torres e Henrique Almeida. O time manauara, que lutava contra o rebaixamento, se impôs desde o início e explorou as falhas defensivas do Dourado. O primeiro gol saiu aos 16 minutos do primeiro tempo, após rebote do goleiro Luan Poli. Henrique Almeida ainda ampliou nos acréscimos do segundo tempo, decretando o placar final.
O técnico reconheceu que o time não entrou com a intensidade necessária e assumiu responsabilidade pelo desempenho.
“Faltaram muitos aspectos que eu considero importantes. Eu não consegui mobilizar os jogadores. A gente preparou a semana toda para uma final. Não competimos como o adversário em quase nenhum momento do jogo. Faltou vender mais caro o gol sofrido”, lamentou.
Barros explicou que as substituições na segunda etapa foram limitadas pelo desgaste físico do elenco.
“Eu fiz trocas por cansaço e por falta de ritmo, que pesam e impedem de fazer mudanças mais ofensivas. No fim das contas, a gente ficou amarrado. Eu tive que colocar zagueiro num jogo que você está perdendo. Não é uma decisão positiva para a equipe”, concluiu.
COMO FICA
Com 50 pontos e apenas nove a disputar, o Cuiabá pode chegar, no máximo, a 59 — pontuação considerada insuficiente para o acesso. A equipe agora busca encerrar a competição com dignidade e preparar o planejamento para 2026.
O Dourado volta a campo na próxima sexta-feira (7), às 21h30 (horário de Brasília), na Arena Pantanal, contra o Goiás. Já o Amazonas, com a vitória, chegou aos 35 pontos, deixou a vice-lanterna e manteve viva a esperança de escapar do rebaixamento. O time volta a jogar na segunda (10), contra o Botafogo-SP, fora de casa.
Com o resultado, o Cuiabá encerra mais uma rodada distante dos primeiros colocados e vê o acesso à elite do futebol brasileiro, desta vez, ficar apenas no campo das lembranças.
