Com 22 anos de experiência em gestão pública, Elias Santos, 54, lançou o seu nome para o pleito municipal deste ano e concorre a uma vaga na Câmara Municipal de Cuiabá. Contador formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o candidato apresenta uma série de propostas em diversas áreas para Cuiabá, porém, uma se destaca e caso seja realizada, poderá gerar a economia de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Candidato a vereador pelo DEM, Elias já foi vice-prefeito de Chapada dos Guimarães no ano de 2009 até 2012 e assumiu várias pastas no município sendo secretário de Planejamento, Turismo, Cultura, Saúde e Finanças. Atualmente Elias estava atuando como secretário de gestão de pessoas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
À reportagem, ele revelou que inicialmente quer ser o elo de ligação da população com o prefeito, pois, de acordo com o candidato, cabe ao vereador ir aos bairros, fazer a fiscalização, auxiliar o prefeito nos problemas e estar presente na comunidade e fazer a união entre poder público e sociedade.
“Quero ser um vereador participativo, com presença na comunidade para fazer esse elo que está quebrado, ou seja, fazer a ligação do povo com o prefeito”, disse Elias a nossa reportagem.
Uma das propostas de Elias é que a Câmara Municipal de Cuiabá tenha uma equipe efetiva e especializada em orçamento público, pois como contador ele está preparado para auditar, fiscalizar gastos públicos, mas muitos vereadores que acabam sendo eleitos não têm esse conhecimento e vão aprendendo no decorrer do mandato, e muitas das vezes acaba nem aprendendo. Pensando nisso, vê como importante a assessoria de uma pessoa com conhecimento para auxiliar o parlamentar.
Na área da educação Elias pretende buscar junto ao prefeito, que sejam colocadas escolas em período integral cobrando do prefeito que seja cumprida a meta 6 do plano nacional de educação, feito pelo Ministério da Educação em 2014, onde determina que 50% das escolas municipais funcione em período integral. Uma escola em tempo integral, segundo ele, vai diversificar mais atividades para o aluno e isso facilita o aprendizado dele. Será cobrada a retomada das aulas de educação física com mais efetividade, para diminuir a obesidade infantil, devido à falta de interesse de crianças pela prática esportiva que vem sendo trocada por celulares e outras tecnologias.
Buscará com o gestor municipal eleito, a retomada do Cuiabá Vest, um projeto criado pelo seu irmão, Wilson Santos (PSDB), quando foi prefeito em Cuiabá.
“O Cuiabá Vest permitiu que mais de cinco mil jovens da periferia de Cuiabá fizessem o curso preparatório gratuito para entrar na faculdade. Teve aluno que fez o curso e passou para medicina na UFMT. Hoje percebemos que 70% dos alunos que estudam em universidade pública, vieram da rede privada, e 70% que estudam em universidades particulares, são alunos oriundos da rede pública que trabalha o dia todo para pagar um curso. Temos que voltar o Cuiabá Vest, para que os jovens carentes voltem a ter oportunidade de competir com os alunos da rede privada”, disse.
Na verdade, o atual sistema de seleção da Universidade Federal de Mato Grosso reserva 50% de suas vagas a alunos de escolas públicas. Os outros 50% são destinados à ampla concorrência, que podem ser ocupados por pessoas das redes privada e pública.
O candidato também defende ampliar de equipe da saúde da família, com distribuição de kits esportivos gratuitos para alunos beneficiados pelo bolsa família, implantação de um aplicativo na área da saúde para que o paciente possa agendar a sua consulta sem sair de casa, implantação de Wi-fi nos bairros para atender alunos carentes. Todas essas ideias, porém, gerariam custo ao município, com contratação de novos servidores. A solução defendida pelo candidato é a implantação de uma usina fotovoltaica para abastecer os órgãos públicos de Cuiabá.
Segundo ele, a capital mato-grossense gasta R$ 37 milhões por ano com energia elétrica em seus órgãos. O próprio candidato fez um levantamento e descobriu que seria necessário um investimento de no máximo de R$ 100 milhões para implantar a usina na capital e abastecer todos os prédios e escolas públicas.
A usina é financiada 100% pelo governo federal dividida em 5 parcelas anuais, com carência de um ano para começar a pagar.
“A prefeitura, dividindo em 5 vezes, vai pagar R$ 20 milhões por ano, economizando R$ 17 milhões do que é gasto atualmente nos próximos 5 anos. A usina tem uma vida útil de 30 a 40 anos e somado todo esse período, a Prefeitura de Cuiabá vai economizar R$ 1 bilhão com despesa em energia elétrica”, explicou.
Atualmente, o município de Cáceres (225 km de Cuiabá) possui o sistema de energia solar sendo utilizado nos órgãos públicos e Elias pretende fazer o mesmo modelo de economia em Cuiabá e apresentar ao prefeito, se for eleito. Cuiabá é a segunda cidade do país que mais produz energia fotovoltaica pela iniciativa privada, de acordo com o levantamento feito por Santos.
Com essa economia, o candidato explica que o dinheiro poderia ser utilizado em diversas áreas e para realização de contratação de novos servidores e ampliação de diversos programas públicos.
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