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Economia Quarta-feira, 15 de Outubro de 2025, 07:03 - A | A

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SAFRA 2025/26

Safra de algodão em MT deve ter queda de quase 13% na produção, aponta Imea

Queda foi puxado pelo alto custo de produção e queda no valor da comercialização

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

A primeira estimativa para a safra 2025/26 de algodão em Mato Grosso aponta retração de 5,65% na área de plantio. A produtividade também deve cair, com redução de 7,74%, o que impacta diretamente na produção total. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em relatório divulgado em 6 de outubro, as quedas refletem o aumento dos custos de produção e a desvalorização do produto no mercado.

Na safra 2024/25, o estado produziu em 1,55 milhão de hectares. Já para 2025/26, a estimativa é de 1,46 milhão de hectares cultivados.

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O Imea projeta ainda uma redução de 12,95% na produção do caroço de algodão, que deve cair de 7,32 milhões para 6,37 milhões de toneladas. A pluma, principal produto da cultura, deve ter retração semelhante — de 12,91% — passando de 3,01 milhões para 2,62 milhões de toneladas.

“O movimento é reflexo do atual panorama de preços do algodão, que seguem em tendência de baixa, somado aos custos de produção mais elevados. Esse cenário tem levado os produtores a reduzir a intenção de plantio para o próximo ciclo, priorizando áreas de maior potencial produtivo ou optando por direcionar parte da área ao milho na segunda safra”, explicou o Imea.

A colheita da safra anterior foi concluída em 26 de setembro, e os estoques permanecem elevados, tanto de caroço quanto de pluma. Apesar disso, os produtores enfrentam descontentamento com os preços atuais. A melhor cotação da tonelada do caroço neste ano foi registrada em 22 de maio, a R$ 1.667,10. No último dia 9 de outubro, o valor havia recuado para R$ 939,50 — uma desvalorização de R$ 727,60 em apenas cinco meses.

A pluma também segue em queda. A arroba, que chegou ao pico de R$ 139,97, atingiu nesta semana o menor valor do ano: R$ 109,37, o que representa uma perda de R$ 30,60 no mesmo período.

Na contramão desse cenário, o óleo de algodão — subproduto do caroço — apresentou valorização nas últimas semanas. A tonelada do produto está sendo comercializada a R$ 6.025,71, o maior preço registrado em 2025, tornando-se um ponto positivo em meio à retração geral do setor.

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