Mato Grosso encerrou o mês de setembro com saldo positivo de 3.737 novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado representa um aumento de 109,4% em relação ao mesmo período de 2024, quando o saldo havia sido de 1.785 empregos formais.
No total, o estado registrou 56.798 admissões e 53.061 desligamentos no mês, mantendo a trajetória de estabilidade e recuperação do mercado de trabalho ao longo de 2025. Todos os principais setores econômicos apresentaram desempenho positivo.
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O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de vagas, com 1.069 novos postos. Em seguida aparecem a agropecuária, com 911 empregos — revertendo o resultado negativo do ano anterior, quando o saldo havia sido de -83 —, e a construção civil, com 889 novas contratações. A indústria criou 562 vagas e o comércio, 306.
Entre os municípios, Cuiabá liderou a geração de empregos formais no estado, com saldo positivo de 846 novos postos, seguida por Lucas do Rio Verde (603), Várzea Grande (285), Sinop (232) e Primavera do Leste (207).
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o desempenho confirma a força da economia mato-grossense e a confiança do empresariado.
“Ter um aumento de mais de 100% no saldo de empregos em comparação a 2024 mostra que Mato Grosso segue no caminho certo. É um resultado que reflete o esforço do governo em criar um ambiente favorável aos investimentos e o comprometimento do setor produtivo em continuar gerando oportunidades para a nossa população”, afirmou.
CUIABÁ MANTÉM LIDERANÇA
Na capital, o saldo positivo de 846 vagas foi impulsionado principalmente pelo setor de serviços, que criou 542 empregos — o equivalente a 64% do total. Segundo o Caged, Cuiabá liderou o ranking estadual de geração de empregos em setembro, mesmo com uma leve queda de 3,09% em relação a agosto.
No mês, foram registradas 11.538 admissões e 10.962 desligamentos. A construção civil foi o segundo setor com melhor desempenho, com saldo de 312 vagas, seguida pela indústria, com 65. Já o comércio e a agropecuária apresentaram retração, com -37 e -36 vagas, respectivamente.
De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Júnior Macagnam, o movimento tende a se inverter nos próximos meses.
“O cenário começa a mudar em outubro, quando a indústria passa a contratar mais para produzir visando às compras do fim do ano. Mas o setor de serviços se consolida como o mais pujante da Capital”, comentou.
ACIMA DA MÉDIA NACIONAL
Enquanto o Centro-Oeste registrou uma queda de 5% nas contratações formais em setembro — e o país, retração de 16% no mesmo período —, Mato Grosso seguiu na contramão e dobrou o saldo de empregos em relação a 2024.
O destaque vai para o crescimento expressivo da construção civil, com alta de 263% no comparativo anual, e do comércio, que avançou 168%.
Os resultados reforçam o protagonismo de Mato Grosso na geração de empregos formais e a diversificação de sua economia, sustentada por um ambiente favorável aos investimentos e pela solidez do setor produtivo.
