Mato Grosso vai começar 2022 dando um passo a mais para melhorar e aumentar a infraestrutura dos postos de combustíveis que trabalham com o Gás Natura Veicular (GNV). A avaliação é do governador Mauro Mendes (DEM), ao ressaltar o início da vigência do ‘contrato firme’ com a Bolívia para fornecimento do combustível.
O ‘contrato firme’ prevê multas altíssimas em caso de descumprimento e permite que Mato Grosso receba até 3,5 milhões de metros cúbicos (m³) de gás natural por mês em 2022, montante que pode chegar a 6,5 milhões de m³ até 2027. O combustível é usado principalmente por motoristas de aplicativos que optaram pela conversão de seus carros diante das constantes altas de preços da gasolina e etanol, mas também é uma alternativa para as indústrias, como fonte de energia mais barata.
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“Isso é um trabalho de governo. Construindo essa confiança, os empreendedores, os postos, vão acreditando cada vez mais e estão entrando [no negócio]. Existem hoje postos interessados em fazer isso”, disse Mauro, ressaltando que existe uma “clara determinação do governo em priorizar a ampliação dessa matriz energética como alternativa em Mato Grosso”.
Com essa garantia de fornecimento do gás pela Bolívia, o governo do Estado espera transmitir confiança aos empresários para que eles façam investimentos para abrir novos postos. O governo também pretende fazer investimentos por meio da GNC Brasil, responsável pela compressão do gás natural, empresa que tem participação da MT Gás em sociedade com o empresário Aldo Locatelli.
No decorrer do ano, o governo chegou a oferecer uma linha de crédito para a conversão de automóveis para o GNV, o que acabou aumentando a demanda de forma significativa e mais rápida que a oferta. Atualmente, os motoristas que desejam abastecer com o GNV precisam enfrentar até 2 horas de fila, pois há apenas três postos em Cuiabá e Várzea Grande que conseguem fazer o abastecimento com este combustível.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, houve aumento no número de empresários interessados em começar a fornecer o GNV.
“Vários donos de postos que têm procurado, querem entender e ter segurança no investimento que vão fazer. É um processo que, naturalmente, vai acontecer um aumento de postos vendendo gás e vai melhorar também os investimentos na empresa que faz a compressão”, disse César Miranda.
Em meados de novembro, os motoristas de aplicativos realizaram uma manifestação em frente à GNC Brasil contra o aumento de cerca de 30 centavos no metro cúbico do combustível e também contra as filas nos postos. Segundo os próprios motoristas, a reclamação sobre o aumento do preço não seria tanta se a infraestrutura fosse melhor.